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Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Espírito de Natal

Ao bimbalhar dos sinos, políticos deixam a prisão

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Vestindo um pijama —não mais o feio uniforme do Batalhão Especial Prisional de Niterói—, Luiz Fernando Pezão já pode, sem constrangimento, chamar sua podóloga favorita e tratar os calos dos pés tamanho 48. Preso desde novembro do ano passado, o ex-governador do Rio ganhou a liberdade na noite de quarta-feira (11) e seguiu para Piraí, sua cidade natal.

Pezão, que tinha bom comportamento no xilindró, é réu na operação Lava Jato, acusado de integrar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral, de quem foi vice. Após a decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ele terá de cumprir medidas cautelares, entre as quais monitoramento por tornozeleira eletrônica e proibição de contato com outros réus. Também está proibido de ocupar cargos ou funções públicas --pois nunca de sabe, não é mesmo?

No mesmo dia em que Pezão era solto, a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal resolveu liberar os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi da prisão preventiva na operação Furna da Onça. Eles só permaneceram no xadrez porque também devem à operação Cadeia Velha. Sérgio Cabral, condenado a mais de 250 anos, aguarda as próximas movimentações --quem sabe ele não consegue abatimento de algumas décadas? 

O espírito de Natal, que anda no ar, nos lares e nas lojas, deve explicar tanta bondade. A mesma que levou o ministro da Justiça, Sergio Moro, a tentar convencer, antes do julgamento, os integrantes do Tribunal Superior Eleitoral de que a ex-juíza Selma Arruda não merecia perder o mandato de senadora pelo Podemos por abuso de poder econômico e prática de caixa dois nas eleições de 2018. Segundo Moro, os indícios contra Selma, conhecida como a "Moro de saias", não passavam de equívocos.

Infelizmente o Super-Homem não conseguiu salvar a Mulher Maravilha.

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