Reino Unido cria primeiro cargo de ministra para o suicídio no mundo
Medida tenta diminuir estigma associado aos problemas de saúde mental no país
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O governo britânico acaba de criar o cargo de ministra para Prevenção do Suicídio, o primeiro do gênero no mundo.
Trata-se de uma iniciativa importante para tentar diminuir o estigma associado aos problemas de saúde mental no país.
A ministra nomeada, Jackie Doyle-Price, disse que vai investir mais em políticas que ajudem as pessoas a procurar socorro para lidar com problemas como ansiedade e depressão profundas.
Segundo o governo, o estigma infelizmente ainda associado a problemas mentais faz com que muitas pessoas deixem de procurar ajuda externa, o que poderia evitar muitos casos de suicídio.
A própria primeira-ministra, Theresa May, fez o anúncio do novo cargo, no início da primeira Cúpula Ministerial de Saúde Mental, realizada em Londres na semana passada, com a presença de ministros da Saúde de 50 países.
No entanto, nenhuma grande estrutura foi montada para a nova ministra.
O posto equivale a uma secretaria ministerial no Brasil e faz parte do Ministério da Saúde britânico.
O governo anunciou ainda um orçamento extra de apenas £ 1.8 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 9 milhões) por ano para Doyle-Price.
O dinheiro será usado basicamente para ajudar a manter as linhas telefônicas de prevenção ao suicídio dos Samaritanos abertas.
Este admirável serviço salva muitas vidas todos os anos em várias partes do mundo e precisa de todo o apoio possível. No caso britânico, será parcialmente financiado pelo governo.
Um dos focos de atenção da nova ministra para Prevenção do Suicídio vai ser a saúde mental dos jovens.
A imprensa britânica revelou recentemente que houve um alarmante aumento de 67% nos casos de suicídios entre os adolescentes no país entre 2010 e 2017.
Segundo especialistas, o grave problema pode estar associado ao excessivo uso de redes sociais e ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre os adolescentes.
Para tentar combater essa tendência, o governo prometeu investir mais em programas nas escolas relacionados à saúde mental dos jovens.
A ideia é criar linhas de ajuda e apoio aos estudantes que sofram com ansiedade ou depressão.
Além disso, devem ser criados novos serviços que possam ajudar a identificar mais cedo problemas de saúde mental entre eles.
Cerca de 4.500 britânicos cometem suicídio todos os anos. Em sua grande maioria, homens com até 45 anos.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters