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Reino Unido cria primeiro cargo de ministra para o suicídio no mundo

Medida tenta diminuir estigma associado aos problemas de saúde mental no país

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Pessoas colocam mensagens de incentivo em tela na celebração do Dia Mundial da Saúde Mental em Pasay, nas Filipinas - Rouelle Umali - 10.out.18/Xinhua

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O governo britânico acaba de criar o cargo de ministra para Prevenção do Suicídio, o primeiro do gênero no mundo.

Trata-se de uma iniciativa importante para tentar diminuir o estigma associado aos problemas de saúde mental no país.

A ministra nomeada, Jackie Doyle-Price, disse que vai investir mais em políticas que ajudem as pessoas a procurar socorro para lidar com problemas como ansiedade e depressão profundas.

Segundo o governo, o estigma infelizmente ainda associado a problemas mentais faz com que muitas pessoas deixem de procurar ajuda externa, o que poderia evitar muitos casos de suicídio.

A própria primeira-ministra, Theresa May, fez o anúncio do novo cargo, no início da primeira Cúpula Ministerial de Saúde Mental, realizada em Londres na semana passada, com a presença de ministros da Saúde de 50 países.

No entanto, nenhuma grande estrutura foi montada para a nova ministra.

O posto equivale a uma secretaria ministerial no Brasil e faz parte do Ministério da Saúde britânico.

O governo anunciou ainda um orçamento extra de apenas £ 1.8 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 9 milhões) por ano para Doyle-Price.

O dinheiro será usado basicamente para ajudar a manter as linhas telefônicas de prevenção ao suicídio dos Samaritanos abertas.

Este admirável serviço salva muitas vidas todos os anos em várias partes do mundo e precisa de todo o apoio possível. No caso britânico, será parcialmente financiado pelo governo.

Um dos focos de atenção da nova ministra para Prevenção do Suicídio vai ser a saúde mental dos jovens.

A imprensa britânica revelou recentemente que houve um alarmante aumento de 67% nos casos de suicídios entre os adolescentes no país entre 2010 e 2017.

Segundo especialistas, o grave problema pode estar associado ao excessivo uso de redes sociais e ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre os adolescentes.

Para tentar combater essa tendência, o governo prometeu investir mais em programas nas escolas relacionados à saúde mental dos jovens.

A ideia é criar linhas de ajuda e apoio aos estudantes que sofram com ansiedade ou depressão.

Além disso, devem ser criados novos serviços que possam ajudar a identificar mais cedo problemas de saúde mental entre eles.

Cerca de 4.500 britânicos cometem suicídio todos os anos. Em sua grande maioria, homens com até 45 anos.

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