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Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)

Agora é que são elas

Bolívia e Chile estão fazendo a paridade de gênero na política

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A Bolívia e o Chile estão vivendo a realização do sonho da paridade de gênero na política. As bolivianas bateram recorde eleitoral histórico e conquistaram a maioria das vagas para o Senado e praticamente metade das cadeiras da Câmara Baixa no pleito de 2020. As chilenas irão ocupar metade das vagas de delegados constituintes.

Com 20 senadoras eleitas (56% do total de 36 cargos) e 62 deputadas (48% das 130 cadeiras), pode-se dizer que as bolivianas chegaram ao poder. Também chama atenção a valorização dos candidatos indígenas, que vão ocupar a metade das cadeiras do Senado. E, entre eles, a maioria é feminina: são dez mulheres para oito homens.

O resultado das eleições bolivianas é alvissareiro quanto ao estímulo à diversidade. E está em sintonia com o Mapa das Mulheres na Política 2019, relatório publicado pela ONU e pela União Interparlamentar (UIP), no qual a Bolívia ocupava a 3ª posição entre 193 nações.

No Chile, as mulheres também estão prestes a fazer história. O país será o primeiro do planeta a contar com uma assembleia constituinte formada de maneira igualitária entre homens e mulheres. Um verdadeiro marco na luta pela igualdade de gênero na política. E um inédito feito mundial.

Chilenos celebram a aprovação de referendo para uma nova Constituição - Xinhua

Mulheres tendem a ser boas gestoras, como atestam os vários resultados positivos obtidos no enfrentamento da Covid-19 mundo afora. Porém, vale referir que a questão do gênero, por si só, não é a solução de todos os problemas. Um bom exemplo vem da própria Bolívia, onde a presidente interina Jeanine Áñez é criticada pela má gestão da pandemia entre outras coisas.

Voltando ao Brasil, estamos diante da oportunidade de ampliar, por meio do voto, a participação feminina na política. Dos 545.452 candidatos, cerca de 33% são mulheres, um recorde nacional. Como disse a ex-presidente do Chile Michele Bachelet: "Uma mulher na política, muda a mulher. Muitas mulheres na política, muda a política".

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