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É empreendedora social e fundadora da RME (Rede Mulher Empreendedora). Vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República

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Tanto na vida pessoal quanto na profissional, a idade para elas sempre é uma questão

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Uma das milhares de dificuldades na jornada do empreendedorismo para as mulheres é, sem dúvida, o etarismo. Tanto na vida pessoal quanto na profissional, a idade para elas sempre é uma questão. Não temos o privilégio de sermos jovens demais para cometer algum deslize, e o termo "maduro" com um ar de charmoso também só cabe aos homens; para as mulheres, sobra o famoso "velha" como adjetivo principal.

Com a maturidade, os questionamentos sobre a capacidade de criar, inovar, mudar e recalibrar rotas começam a se intensificar, sempre naquele tom de "será que você consegue?" E assim, com a autoestima mais fragilizada, essas empreendedoras começam a enfrentar networking limitado, dificuldade em obter crédito, dificuldade em competir em rodadas de negócios e até mesmo em interagir com parceiros e possíveis clientes. Para além das dificuldades técnicas, esse percalço também tem a ver com identidade, o medo do fracasso, a pressão social. O etarismo também mexe com o medo de não sermos levadas a sério no mundo —cruel— dos negócios. O famoso "só quem viveu sabe".

Com a maturidade, os questionamentos sobre a capacidade de criar, inovar, mudar e recalibrar rotas começam a se intensificar - Fotolia

E como mudamos esse jogo? A gente segue tentando e apostando na educação de toda sociedade para evitar o etarismo. Falando em termos práticos: com rede de apoio e mentoria entre empreendedoras maduras, eventos específicos oferecendo oportunidades e conexões, programas de mentoria com orientação personalizada. O empreendedorismo sempre soou para mim como mudança e inovação. E não há inovação e mudança sem mulheres e sem diversidade, inclusive de idade. Sempre bom lembrar que a maturidade também oferece soluções para problemas já enfrentados, sabedoria e experiência de anos em diversos assuntos.

Em vez de sermos vistas como um tipo de fardo, deveriam nos enxergar como realmente somos: mulheres experientes que, justamente por nossa longa experiência, podemos agregar e muito nos ambientes que estamos inseridas.

O mundo corporativo e dos negócios não precisa ser o cenário de um documentário da Discovery Channel, nem de ternos, gravatas e cores sóbrias. Ele pode ser inclusivo, diversificado e poderoso. As mulheres empreendedoras precisam de espaço e investimento para continuarem contribuindo fortemente na economia do país e de suas comunidades. O apoio às mulheres deve ser vitalício.

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