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Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

Descrição de chapéu Tóquio 2020

Tóquio faz balanço dos preparativos para os Jogos Olímpicos

Especula-se que gastos provocados pelo adiamento do evento cheguem a R$ 10 bilhões

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Numa etapa difícil por causa da nova onda da pandemia do coronavírus, o Japão vai apresentar um balanço parcial sobre a situação dos preparativos para a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados deste ano para julho de 2021.

Apesar do esforço dos organizadores, não há até o momento uma certeza de que os Jogos serão realizados. O comitê organizador não revela qualquer relatório provisório ou estimativa sobre os gastos com o adiamento do evento. Há cerca de um ano, desde a época que não tinha sinal explícito da pandemia, números não são divulgados.

Agora surge essa luz porque haverá uma reunião entre representantes do comitê organizador dos Jogos, do governo metropolitano de Tóquio e do governo japonês para discutir o orçamento olímpico e o andamento dos preparativos. O encontro será nesta quarta (1º).

No final de semana, segundo as agências internacionais de notícias, os organizadores revelaram que os gastos no combate à Covid-19 alcançarão cifras aproximadas de 960 milhões de dólares (R$ 5,1 bilhões).

Essa informação não deve ser comparada com as especulações sobre os gastos gerais provocados pelo adiamento dos Jogos, de 1,9 bilhão de dólares (cerca de R$ 10 bilhões), que incluem um quadro de despesas mais amplo. O adiamento da competição ocorreu em março, quatro meses antes da cerimônia olímpica de abertura.

Já o gasto real da Olimpíada, antes do adiamento provocado pela pandemia, estava estimado em 12,6 bilhões de dólares pelos organizadores. Sobre esse total, recairá custos adicionais do adiamento, como despesas relacionadas com a segurança dos locais de competições, aluguel de equipamentos, taxas de armazenamento e despesas com mão de obra.

Da mesma forma, como a mídia em geral destaca, os custos do combate ao coronavírus somam despesas com o estabelecimento de uma infraestrutura de saúde, que contempla um amplo sistema de testes e a aquisição do equipamento necessário para a prevenção de infecções.

O governo japonês enfrenta dois obstáculos, um com a pandemia em si, que envolve a proteção de toda a população do país, e outro relacionado aos Jogos. Não é nada fácil contornar simultaneamente as dificuldades sociais e econômicas em tal cenário. Quanto aos Jogos, os organizadores trabalham na implantação de um plano econômico simplificado e na redução de despesas.

O estágio da pandemia com a aproximação do inverno é perturbador para os japoneses. Neste novembro, diante do crescente aumento de infectados pelo coronavírus, Tóquio acaba de solicitar aos estabelecimentos que servem bebidas alcoólicas que reduzam o horário de fechamento para as 22h. As medidas restritivas para contenção da pandemia haviam sido suspensas em maio.

O Comitê Olímpico Internacional está comprometido com parte das despesas das estratégias adotadas pelos organizadores japoneses dos Jogos no enfrentamento ao coronavírus, mas, na realidade, a responsabilidade sempre acaba sobre os ombros dos anfitriões olímpicos.

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