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Jornalista especializado no setor automotivo.

Comprar carro novo pela internet é abrir mão de negociar

Sistemas oferecidos por fabricantes seguem preços fixos de tabela e não permitem mudar taxas

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A Volkswagen desenvolve seu programa de vendas via internet. A montadora tem realizado testes e simulações de compra, etapa que deve se estender até dezembro. A opção deverá estar disponível ao púbico em janeiro de 2020.

O cliente configura o carro que deseja e em poucos segundos recebe uma lista com as opções disponíveis nas concessionárias de sua região. O sistema oferece também outras versões que se aproximam do automóvel desejado.

O método é moderno e aparenta eficiência, mas há problemas. O preço sempre é o sugerido pela fabricante, geralmente acima dos valores praticados no mercado.

Descontos e promoções são frequentes no setor automotivo, além da possibilidade de se obter um abatimento na negociação.

O interessado na compra pode simular um financiamento em até 60 parcelas, mas não é possível negociar uma taxa menor do que a sugerida no site da montadora. O mesmo ocorre no sistema de vendas online da Renault, que oferece os modelos Kwid, Sandero, Stepway e Logan.

Ao comprar em grandes portais de ecommerce, o consumidor pode comparar os preços do mesmo produto em diferentes lojas virtuais e escolher o mais em conta, o que oferece o menor custo de frete ou aquele que vai chegar mais rápido.

Para que algo assim ocorra nos sites das montadoras, os preços terão de ser descolados da tabela sugerida pela fabricante, o que abriria espaço para a concorrência entre redes concessionárias.

Aí há outra questão: isso só poderia acontecer após um acordo feito entre os revendedores.

Apesar dos problemas, a Volkswagen acredita que a nova modalidade será interessante para 70% dos possíveis compradores da marca. O dado é baseado em pesquisas de mercado.

A ferramenta é interessante para o consumidor como fonte de pesquisa, pois oferece uma forma de calcular preços e ter uma noção do valor máximo pedido pelo automóvel. É o ponto de partida, não a fronteira final.

Mas, nos moldes apresentados hoje, ainda não é a forma mais inteligente de se adquirir um automóvel novo, apesar da praticidade.

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