A segunda geração do Chevrolet Onix chega às lojas com novos motores —tem até versão turbo—, internet a bordo e mais espaço. São itens relevantes, mas que não tem o mesmo grau de importância da evolução em segurança.
O modelo feito em Gravataí (RS) é o primeiro compacto nacional a combinar seis airbags e controles de tração e de estabilidade em todas as suas versões.
É um avanço e tanto para um veículo que, na geração passada, levou nota zero em uma das avaliações promovidas pelo Latin NCAP (organização que avalia os veículos por meio de testes de impacto).
A montadora bancou uma nova rodada de testes de colisão para a linha 2020 e obteve a melhor qualificação possível para a versão sedã: cinco estrelas em proteção para adultos e crianças.
Quando recebeu a nota zero, em maio de 2017, a Chevrolet informou que o Onix cumpria integralmente com todos os requisitos de segurança dos mercados em que o carro era vendido. Agora, oferece mais do que o pedido pela legislação vigente no Brasil e já se enquadra em regras futuras.
A partir de 2020, todos os lançamentos deverão passar por testes de colisão lateral e receber controles de tração e de estabilidade.
A decisão de ir além do básico mostra que o público começa, aos poucos, a valorizar mais os equipamentos de segurança. As montadoras, que fazem pesquisas constantes, já detectaram essa tendência.
É um ótimo sinal. Talvez, em breve, o consumidor comece a achar inadmissível que um carro novo não tenha os airbags de proteção lateral, da mesma forma como já não imagina adquirir um zero-quilômetro sem ar-condicionado ou direção assistida.
Ao elevar o nível de proteção a ocupantes do carro mais vendido do Brasil, a Chevrolet coloca pressão sobre os concorrentes. Agora todos querem saber o que será oferecido pelo Hyundai HB20, cuja segunda geração estreia na próxima semana.
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