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Jornalista especializado no setor automotivo.

Primeira quinzena de maio teve queda de 72% nas vendas de veículos

Média diária de emplacamentos segue inferior a 3.000 unidades

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A venda de veículos se manteve em baixa na primeira quinzena de maio. Com cerca de 30 mil unidades comercializadas, a média diária seguiu abaixo dos 3.000 emplacamentos. Em relação ao mesmo período de 2019, há queda de 72%.

O cálculo inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões.

Os dados prévios do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores) mostram que há recuperação em relação à primeira metade de abril, que havia registrado 20,4 mil licenciamentos. É nesse dado que está o fiapo de esperança da indústria automotiva.

As empresas calculam que haverá um salto assim que os Detrans de diversos estados forem reabertos.

Entretanto, serão números muito distantes dos registrados no começo do ano, quando a média diária se aproximou das 10 mil unidades.

No acumulado do ano, a queda nas vendas chega a 31,4%, de acordo com os cálculos baseados no Renavam.

“As vendas caíram em um volume sem precedentes em toda a indústria automotiva, nunca vimos nada assim. E acho que será uma desaceleração a longo prazo versus uma crise curta, 2020 e 2021 estarão entre os piores anos já registrados”, diz Carlos Zarlenga, presidente da General Motors América do Sul, líder no mercado nacional.

De acordo com o executivo, a indústria automotiva tinha uma dívida acima de R$ 50 bilhões antes da crise, valor que pode dobrar. “Essas dívidas devem ser pagas, e isso reduzirá a capacidade de investir.”

As empresas se esforçam para atrair consumidores mesmo com revendas fechadas. Chevrolet e BMW criaram lojas online em parceria com o portal Mercado Livre, que permitem escolher o modelo e dar um sinal para garantir o negócio, que precisa ser fechado na concessionária.

Volkswagen e Caoa Chery oferecem test drive em domicílio com carros higienizados. Jeep e Fiat anunciam planos de financiamento com vencimento das parcelas a partir de 2021.

Os resultados dessas medidas só devem aparecer nos emplacamentos a partir do segundo semestre, o que não será suficiente para contornar uma queda superior a 30% no acumulado do ano.

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