Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Venda de veículos no mercado nacional cai 77% em abril

Cálculo inclui carros de passeio, ônibus e caminhões

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As vendas de veículos caíram 77% em abril na comparação com o mesmo período de 2019. Foram emplacadas aproximadamente 52 mil unidades no último mês, segundo dados preliminares do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).

O resultado era esperado e mostra o impacto da epidemia do novo coronavírus na indústria automotiva, mas poderia ter sido ainda pior.

A primeira quinzena do mês terminou com 20,4 mil licenciamentos, dado que inclui carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões. Houve, contudo, uma pequena melhora entre os dias 16 e 30 —que, entre outros fatores, foi influenciada pelo investimento das montadoras em vendas digitais.

A queda acumulada no ano chega a 27%, com cerca de 610 mil veículos vendidos no primeiro quadrimestre de 2020.

Executivos do setor automotivo têm evitado previsões, com algumas exceções. Antonio Filosa, presidente da FCA Fiat Chrysler América Latina, está entre os que revelam suas expectativas.

Filosa calcula que deverá haver uma queda de 70% nas vendas no segundo trimestre. A estimativa é compatível com a realidade da pandemia no Brasil e considera também a insegurança dos consumidores diante de um cenário econômico nebuloso.

O presidente da FCA acredita que haverá retomada gradual no segundo semestre. Entretanto, o crescimento não será suficiente para evitar uma retração de 40% nos emplacamentos.

A visão de Filosa pode parecer pessimista, mas está colada à realidade. Outros executivos acreditam em um ritmo mais acelerado da recuperação, como ocorreu na China entre os meses de fevereiro e março. Quem opera no modo “copo meio cheio” sabe que muitos astros precisam se alinhar no universo econômico para que tudo funcione.

Mas há um ponto que une executivos pessimistas —ou realistas— e otimistas: a certeza de que o consumidor não será mais o mesmo após a pandemia. Critérios racionais de compra ganharão mais importância em um cenário com menos dinheiro em circulação.

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