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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Nos subúrbios das conversas sobre as eleições, fala-se em um indulto para Lula

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INDULTO PARA LULA

Nos subúrbios das conversas sobre a eleição presidencial circula um novo ingrediente: a negociação da promessa de um indulto para Lula com um dos candidatos que consiga chegar ao segundo turno. Se o outro for Jair Bolsonaro, esse caminho fica teoricamente fechado.

O candidato que aceitasse essa proposta herdaria os votos do PT, caso o seu poste morresse na praia do primeiro turno.

A construção soa difícil, mas quem ouviu falar dela acredita que o ministro Luís Roberto Barroso derrubou o indulto de Temer antecipando-se ao passe. Nada garante que isso seja verdade, mas, se for, faz sentido.

 

TRISTEZA

O Supremo Tribunal Federal julga, mas não julga, decide, mas não decide. Seus ministros trabalham, mas precisam sair cedo, e às vezes têm mais o que fazer.

Os doutores falam uma língua que ninguém entende (salvo quando se insultam) e alguns deles transformaram as reuniões plenárias num cansativo "BBB".

Os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Melo, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski antes de sessão plenária do STF - Pedro Ladeira - 21.mar.2018/Folhapress

O Tribunal vem cavando seu descrédito por excesso de esperteza. É para deixar Lula solto? Devem-se soltar outros presos? Basta decidir e botar a cara na vitrine. Não há razão para embrulhar o distinto público.

 

ERRO

Estava errada a informação de que se passaram 37 dias entre o atentado contra Carlos Lacerda, onde morreu o major Rubens Vaz, e a prisão de Climério de Almeida, o contratador do crime.

Passaram-se apenas 12 dias.

O atentado ocorreu no dia 5 de agosto de 1954 e Climério foi capturado no dia 17. Amanhã completam-se 12 dias da execução de Marielle Franco.

 

RAIO-X DA JUSTIÇA

A Associação dos Magistrados Brasileiros patrocinará duas pesquisas. Uma, coordenada pelo sociólogo Antonio Lavareda, procurará saber as opiniões dos cidadãos sobre o Judiciário.

A outra, dirigida pelo professor Luiz Werneck Viana, revisitará as descobertas feitas há mais de duas décadas, quando ele organizou o trabalho “Corpo e Alma da Magistratura Brasileira”. Publicada em 1997, a pesquisa baseou-se na análise de 4.000 questionários respondidos por juízes. Quem o leu não se surpreendeu com o aparecimento de figuras como Sergio Moro e Marcelo Bretas, bem como os três 
desembargadores do TRF-4.

“Corpo e Alma” ensinou que surgira uma nova elite na magistratura. Em 1970, só 20% dos juízes tinham pais com formação universitária. Ao tempo da pesquisa eles eram 40%. Mais da metade eram filhos de funcionários públicos ou de empresas estatais.

Anos depois, Werneck previu: “O Judiciário brasileiro está mudando, para melhor, com uma velocidade maior que a do Executivo e do Legislativo.”

E avisou: “Não se conhecem casos de corrupção envolvendo essa geração de servidores. Eles são uma espécie de encarnação do pensamento e da conduta democrático-liberais.”

 

MADAME NATASHA

Natasha ouviu a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, dizer: “Estamos perdendo na narrativa e na ocupação de espaço” e decidiu conceder-lhe mais uma de suas bolsas de estudo.

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em evento em Minas Gerais - Alexandre Rezende - 21.fev.2018/Folhapress

A comissária quis dizer que o PT perdeu a capacidade de se explicar e de levar gente para a rua. Tirar gente de casa para defender algo em que não acredita é coisa difícil.

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