Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
Palocci em 2002 e 2008
Provas, até agora, nada, salvo nas traficâncias da empresa de fachada
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O comissário Antonio Palocci prestou 23 depoimentos à Polícia Federal e agora conhece-se o resumo de suas confissões. Se cada fio da meada tivesse sido puxado (ou se vier a ser puxado), o efeito dessas revelações poderia ter sobre o andar de cima de Pindorama o efeito de dez Lava Jatos.
Nas confissões de Palocci entrou todo o mundo. Provas, até agora, nada, salvo nas traficâncias de sua consultoria de fachada. O juiz Sergio Moro começou a Operação Lava Jato puxando um fio que saía de um posto de gasolina, mas dificilmente a proeza se repetirá. Uma das confissões do ex-ministro ilustra a resiliência da impunidade do andar de cima.
No seu 13º depoimento Palocci contou que em 2008 sua empresa embolsou R$ 100 mil por ter ajudado a empresa Parmalat a liberar um crédito no Banco do Brasil.
Seis anos antes, quando Antonio Palocci era prefeito de Ribeirão Preto (SP), justificou a exigência de latas e “molho de tomate refogado e peneirado, com ervilhas” numa licitação para a compra de 40.500 cestas sociais, informando que ele era produzido por uma empresa-companheira, mas também pela Parmalat. Era uma mentira conveniente para quem conduzia uma licitação viciada.
Àquela altura Palocci era o coordenador da campanha de Lula, pois o titular, Celso Daniel, havia sido assassinado.
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