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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Movimentos contra vacina mostram que países também andam para trás

Não há como impedir que um libertário contaminado passe o vírus para os outros

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O capitão Jair Bolsonaro diz que ninguém pode ser obrigado a tomar a vacina contra a Covid. Tudo bem. Quem não quiser não toma. A obrigatoriedade erradicou a febre amarela e não há como impedir que um libertário contaminado passe o vírus para os outros.

Países andam para trás. O Império Romano que o diga. No Brasil, em 1904, jornalistas, políticos e militares estimularam a maior revolta da história da cidade, contra a vacina obrigatória. O presidente Rodrigues Alves defendeu a lei, mandou atirar e manteve a ordem.

Entre os mortos ficou o general Silvestre Travassos, um dos chefes da revolta militar. Ele comandava uma marcha em direção ao palácio presidencial, tomou um tiro em Botafogo e morreu dias depois.

É possível que tenham morrido mais brasileiros na atual pandemia do que em todas as epidemias dos séculos 19 e 20.

Até quarta-feira

O ministro Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entraram no bloco da marchinha carnavalesca “Até Quarta-Feira”.

Em qualquer tempo, sempre que a economia expõe um indicador catastrófico, os çábios anunciam que a bonança está logo ali: “Este ano não vai ser igual àquele que passou”.

A pandemia já havia chegado, e o doutor Guedes previa um crescimento do PIB de 1%. Veio o tranco da contração de 9,7% do segundo trimestre e ele promete um crescimento de 4,5% para o ano que vem. Campos oferece mais de 4%.

Nota de peso

Lançada no meio de uma pandemia, na semana em que se soube de uma contração do PIB de 9,7% e ilustrada com um lobo-guará parecido com uma hiena, a nota de R$ 200 arrisca entrar para o folclore das moedas que dão peso.

Nos Estados Unidos, as notas de US$ 2 pegaram essa urucubaca. Acredita-se que a superstição tenha nascido no século passado, quando políticos compravam votos com essas cédulas. Entre outras utilidades, as notas de R$ 200 fazem menos volume nas malas de maganos.


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