Siga a folha

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

No andar de cima, duas operações tentaram trazer vacinas ao país

Ainda não se conhece a identidade do operador da proposta de comprar imunizante da AstraZeneca por US$ 23,79

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O cabo Dominguetti operou a compra de vacinas vindo do andar de baixo.

Pelo andar de cima conhecem-se duas operações. Uma veio da autodeclarada Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas. Ela trabalhava com a Covaxin indiana, representada por Francisco Maximiano, o Max.

No braço da Oxford/AstraZeneca, que reiteraria nada ter a ver com a proposta, notáveis operadores tentaram, sem sucesso, formar um consórcio de empresas que trariam ao Brasil 33 milhões de vacinas. Como no caso dos 400 milhões de Dominguetti, ofereciam uma produção que a empresa não seria capaz de produzir.

Essa operação teve a simpatia de Fabio Wajngarten, então secretário de Comunicação do governo, do diretor jurídico do grupo Gerdau e do doutor Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo. Skaf desmentiu que tivesse perfilhado a proposta e ela sumiu na orfandade.

A dose da AstraZeneca do cabo custaria US$ 3,50 (sem contar o dólar do pixuleco). A do andar de cima sairia por US$ 23,79. Ainda não se conhece a identidade do operador dessa proposta.

COSTURANDO POR DENTRO

Enquanto toda sorte de espertalhões tentavam atravessar contratos de vacinas e os "çábios" do governo obstruíam negociações com a Pfizer, foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, quem desemperrou as conversas.

Não disse uma palavra antes, durante, nem depois.

Leia mais textos da coluna de Elio Gaspari deste domingo (3):

Passados dois anos, a 'nova política' de Bolsonaro é nova, e pior

Concessionários do aeroporto Galeão podem devolvê-lo à Viúva

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas