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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Salta aos olhos diferença na relação com militares sob Trump e Bolsonaro

General dos EUA sentiu cheiro de queimado na movimentação dos trumpistas antes do 6 de janeiro

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​É no capítulo das relações com os militares que salta aos olhos uma diferença entre o que aconteceu nos Estados Unidos e o que acontece no Brasil.

Lá, como cá, apareceram militares da reserva propondo excentricidades. Um general trumpista da reserva queria colocar o país sob lei marcial. Ficou no palavrório.

O general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, sentiu cheiro de queimado na movimentação dos trumpistas antes do 6 de janeiro.

Vendo uma manifestação em Washington no dia 2, ele cravou: “Esse é um momento do Reichstag. O Evangelho do Führer”.

Era uma comparação com os assaltos de Hitler ao regime democrático da Alemanha.

Não há prova de que Trump tenha tentado mover tropas do Exército, Marinha ou Aeronáutica no seu pastelão. Pelo contrário. Na tarde do dia 6, quem pediu tropas foram os democratas Nancy Pelosi e Charles Schumer.

No dia 8, quando Trump já estava no chão, Pelosi, presidente da Câmara, telefonou para o general Milley, argumentando que o presidente estava fora de si e poderia fazer outras maluquices. Ela especulava a possibilidade de declará-lo incapaz.

Quanto às maluquices (o uso de armas nucleares para criar um caso), Milley tranquilizou-a. Quanto à declaração da incapacidade de Trump, ele cortou: “Eu não vou caracterizar o presidente. Não é meu papel”.

Serviço

Estão na rede três reconstituições das maluquices de Donald Trump, publicadas nos Estados Unidos:

Diante da pandemia: “Nightmare Scenario” (Cenário de Pesadelo), de Yasmeen Abutaleb e Damian Paletta.

Sobre o 6 de janeiro: “Landslide” (expressão em inglês para designar uma vitória folgada numa eleição), de Michael Wolff;

“I Alone Can Fix It “(Eu Consigo Consertar Isso), de Carol Leonnig e Philip Rucker

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