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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Notáveis petistas ficam mal na foto com aprovação de Dino ao STF

Alguns defendiam a escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, argumentando que o ministro da Justiça seria rejeitado

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Com a aprovação do nome de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal por 47 votos contra 31, ficaram mal na foto os intermediários que defendiam a escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, argumentando que o ministro da Justiça seria rejeitado. Alguns deles eram notáveis petistas.

Flávio Dino e Lula em Brasília - Ricardo Stuckert -14.dez.23/PR

Mandatos no STF

Pela conta de hoje, o Senado aprovará a PEC que estabelece mandatos com prazo para os futuros ministros do Supremo Tribunal Federal.

A reação impulsiva de alguns ministros contra a aprovação da emenda que limita as decisões monocráticas do tribunal contribuiu para fortalecer o mal-estar.

Comunistas no STF

Lula disse que "pela primeira vez na história desse país conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista".

Flávio Dino filiou-se ao PC do B em 2006, quando já se haviam apagado as luzes de todos os partidos comunistas, inclusive os da China e da Albânia, que haviam iluminado a organização. Deixou o partido 16 anos depois, indo para o Partido Socialista Brasileiro.

Pelo menos na visão do professor Henry Kissinger, que morreu há pouco, Lula pode ter se enganado. Em 1962, Kissinger esteve no Brasil, encontrou-se com o então primeiro-ministro Hermes Lima e escreveu a um amigo:

"O New York Times, com sua habitual perspicácia, descreve-o como um socialista moderado. Se ele é isso, eu gostaria de saber como é um comunista".

Meses depois, João Goulart nomeou Hermes Lima para o Supremo Tribunal Federal, onde ele ficou até 1968, quando foi aposentado pelo AI-5.

Hermes Lima nunca pertenceu ao Partido Comunista.

Ministério da Justiça

O alto comissariado petista está olhando para o Ministério da Justiça como um cargo que ilustra biografias.

Flávio Dino foi um ministro combativo nas palavras e bem-humorado nas atitudes. Só. Nesses atributos nenhum sucessor fará melhor, mas é pouco.

Lula pode fazer o que quiser com o ministério, desde que não se esqueça que a segurança pública será um tema central nas próximas campanhas eleitorais.

Seu primeiro ano de governo foi rico em palavras e planos.

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