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Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

Os soluços de Bolsonaro devem ter feito mais pelo país do que ele próprio

Esticar a língua ajuda a estimular o diafragma e, para o presidente, é uma boa forma de mantê-lo calado

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Em meio à CPI da Covid e atritos com Poderes, Jair Bolsonaro enfrenta mais um motivo de preocupação. Há mais de uma semana, o presidente tem se queixado de uma crise de soluço.

As contrações involuntárias do diafragma chegaram a atrapalhar suas lives e viraram um dos assuntos mais pesquisados da internet. Durante um discurso no cercadinho, até seu segurança mais sorridente murchou a expressão, preocupado com a saúde do capitão.

Um soluço interromper um discurso de Bolsonaro faz um grande favor à nação. Talvez os espasmos do presidente tenham feito mais pelo país do que o próprio presidente. Podem até ser uma boa opção de terceira via para as próximas eleições.

Mesmo assim, o problema pode ser solucionado. Confira algumas técnicas e truques caseiros que podem acabar com os soluços de Bolsonaro.

Colocar o dedo no ouvido. Esse método estimula os nervos que causam soluço. No caso do Bolsonaro, também impede que ele ouça conselhos como defender tratamento precoce, criticar a vacina e investir em pautas ideológicas. Pode não resolver o problema, mas vai ajudar o país.

Esticar a língua. A técnica pode parecer estranha, mas ajuda a estimular o diafragma. Para o presidente, é uma boa forma de mantê-lo calado. Se não funcionar, ainda assim, será a coisa mais útil que fez pelo Brasil.

Cócegas. Receber cócegas dispara alertas que "distraem" os nervos responsáveis pelo soluço. Se não resolver o problema, quem sabe o truque não melhore o humor do capitão e dê um pouco de empatia em relação às mais de 500 mil mortes por Covid.

Tomar um susto. Tem o mesmo efeito das cócegas, com a vantagem de que existe um leque de opções para assustar Bolsonaro. Basta ele acompanhar a CPI da Covid e perceber que seu nome está diretamente envolvido nas irregularidades da compra da Covaxin.

Publicada nesta quarta-feira, 15 de julho de 2021 - Galvão Bertazzi/Folhapress

Ou ver que seu maior adversário e pesadelo, Lula, tem 46% das intenções de voto para as eleições de 2022.

Ou ver a última pesquisa do Datafolha apontando que a maioria da população o acha desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário e pouco inteligente.

Se nenhuma dessas técnicas funcionar, quem sabe uma abertura de impeachment não dê um bom susto no presidente.

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