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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Descrição de chapéu Libertadores

Três times brasileiros jogaram pela Libertadores; viu-se show de estrangeiros

Alguma coisa contra bons jogadores forasteiros? Nada, ao contrário. Apenas poderíamos tê-los sem abrir mão dos nossos

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Fluminense e Internacional fizeram jogo no Maracanã para ser cantado em prosa e verso durante muito tempo. Só não podem estragar a belíssima impressão na partida de volta, agora no Beira-Rio, na quarta-feira (4).

O 2 a 2 seria exaltado tanto em Wembley quanto no Santiago Bernabéu.

Já o 0 a 0 entre Boca Juniors e Palmeiras acabou sendo o de sempre, mais luta que futebol, embora bom para os alviverdes.

Fernando Diniz, por acaso o treinador interino, tampão, flanelinha da seleção brasileira, estava à beira do gramado do jogaço e teve farta responsabilidade pela qualidade do clássico, audacioso a ponto de fustigar os gaúchos com quatro atacantes, a saber: Jhon Arias, John Kennedy, Germán Cano e Keno, com maior destaque para Arias e Cano.

Valencia foi um dos forasteiros que brilharam no Maracanã - Mauro Pimentel - 27.set.23/AFP

Do outro lado, o treinador argentino Eduardo Coudet topou o desafio e se propôs a não dar sossego ao rival, para o que contou com a exuberância da arte de Enner Valencia.

Não só, é claro, ele que comanda o mais internacional dos clubes brasileiros, com nada menos que nove jogadores nascidos fora do Brasil: Valencia, Rochet, Mercado, Bustos, De Pena, Nicolás Hernández, Aránguiz, Johnny e Wanderson.

Wanderson nasceu na Bélgica, e até defendeu a seleção belga sub-16, embora tenha também cidadania brasileira, filho do ex-jogador Wamberto, revelado pelo maranhense Sampaio Corrêa e de carreira quase toda entre a Bélgica e a Holanda.

Se no time do Palmeiras havia apenas dois estrangeiros na Bombonera, Gustavo Goméz, o mais valioso do plantel, e Piquerez, no Maracanã quem desequilibrou foram mesmo o equatoriano Valencia, o colombiano Arias e o argentino Cano.

Sem eles o espetáculo perderia, e, que pena, Diniz não pode convocá-los.

Alguma coisa contra trazer bons jogadores forasteiros?

Nada, ao contrário.

Apenas a constatação de que trocamos nosso embevecimento com as atuações de Alisson e Ederson, de Casemiro e Vinicius Junior, de Rodrygo e Martinelli, pelos gramados europeus, pela curtição de uma porção de hermanos sul-americanos, quando poderíamos tê-los sem abrir mão dos nossos, fossem os clubes brasileiros dirigidos no modo Século 21, não no do 20.

Mas estamos a caminho, eternos otimistas que somos.

É o Mano, mano

O Corinthians nem esperou perder para o São Paulo (se é que perderá, pois esta coluna é publicada antes do Majestoso) e, para não demitir seu 16º técnico depois de derrota para o Tricolor, tratou de mandar Vanderlei Luxemburgo embora antes do clássico.

Não fez bem nem mal, porque não deveria tê-lo contratado.

Trouxe Mano Menezes pela terceira vez com a indigesta missão de classificar o time para a final da Copa Sul-Americana.

Buscará empatar no Castelão diante do Fortaleza que lhe é superior e contar com Cássio para novos milagres.

Convenhamos, o ex-dono de bingo que preside o clube o transformou num raro cassino em que a banca perde.

Porque até se desta vez ganhar a aposta, mesmo que derrote o São Paulo e venha a superar o Fortaleza, a gestão de Duilio Monteiro Alves é tudo o que um gigante como o Corinthians deve repelir. Até porque, no término de seu mandato, impôs Mano até 2025.

O pior é que haverá eleição em fins de novembro, e as opções são como se a rara leitora e o raro leitor tivessem que escolher entre Fernando Collor e Jair Bolsonaro: corrupção com liberdade ou corrupção com truculência.

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