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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Descrição de chapéu Campeonato Brasileiro

Três vitórias e mil polêmicas

O trio dos primeiros venceu na rodada, mas só o líder Botafogo sem discussões

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Se jogador de futebol ignora as regras de seu ofício como exigir que o torcedor as conheça?
A 18ª rodada do Campeonato Brasileiro demonstrou com riqueza de detalhes como a ignorância afeta a vida das pessoas.

Com o trio dos primeiros colocados em ação no sábado (20), e em horários diferentes, todos os interessados na luta pelo topo da tábua de classificação puderam assistir aos três jogos e apenas um escapou das polêmicas sobre as arbitragens, exatamente o do Botafogo que comanda a pontuação.

O Glorioso obteve vitória magra, apenas por 1 a 0, mas indiscutível sobre o Internacional, graças a Luiz Henrique a cada jogo mais decisivo, e ao goleiro John, autor de defesa espetacular no derradeiro minuto.

Terminado o jogo no Nilton Santos, com mais de 30 mil torcedores, veio o no Mané Garrincha, com mais de 60 mil, entre Flamengo e Criciúma.

Flaco López comemora gol na partida contra o Cruzeiro no Allianz Parque - Divulgação/Palmeiras

Aí a fogueira dos negacionistas atingiu proporções até então desconhecidas.

Por desconhecer as regras do futebol, Barreto, do Criciúma, chutou de propósito uma bola, atirada na área por torcedor, na bola que estava em jogo e seria chutada por Cebolinha, do Flamengo.

Imediatamente o pênalti foi apitado, para surpresa ampla, geral e irrestrita.

Porque jamais havia visto nada parecido e o que deveria ser motivo para parabenizar o árbitro, virou motivo para acusar o Flamengo de favorecimento.

De novo: que torcedores entrem na pilha faz parte do descontrole emocional dos fanáticos; que haja na mídia quem bote lenha nos incendiários é deprimente.

O pênalti convertido por Gabigol significou a vitória rubro-negra por 2 a 1, de virada, em gramado lastimável no elefante branco de Brasília.

Líder e, então, vice-líder mantidos, veio a derradeira refrega, na casa verde, que deveria ser chamada de Ademir da Guia, como Nilton Santos e Mané Garrincha.

Clássico entre os Palestras, Palmeiras x Cruzeiro, de bom nível e equilibrado.

O alviverde vencia por 1 a 0 quando, ao final do primeiro tempo, Lucas Silva roubou a bola de Zé Rafael, em lance observado de perto pelo assoprador de apito, e deu início a contra-ataque que culminou com o empate dos pés do próprio cruzeirense.

Sem motivo algum, porque mesmo se houvesse acontecido alguma infração estaria há léguas de ser erro clamoroso a justificar chamado do VAR, o infame intervencionismo dos arbitrários eletrônicos chamou o despersonalizado representante da CBF no gramado que, na casa de quem sofreu o gol legal, anulou o tento.

Com o que vimos numa mesma rodada do Brasileirão as demonstrações de ignorância de um atleta profissional, de torcedores em geral e da equipe que esteve em São Paulo para tumultuar um belo jogo que terminou com 2 a 0 para os anfitriões, segundo gol marcado já nos acréscimos.

O que permitiu ao torcedor passional dizer que a validação do gol mineiro não impediria a vitória por 2 a 1, mais uma demonstração das bobagens ditas e escritas pelos simplórios.

O pior de tudo está em que o alegado favorecimento ao Flamengo, e o verdadeiro ao Palmeiras, alimentam os seguidores do leviano John Textor.

Que, ao disseminar denúncias sem provas sobre a péssima arbitragem brasileira, apenas atrasa o processo de limpeza necessário da cúpula da CBF às de clubes tomados por vampiros espertalhões, com as exceções de praxe.

E haja teoria da conspiração.

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