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Jornalista, secretária de Redação da Sucursal de Brasília.

À espera do tsunami

Após semana de tombos e derrotas, presidente faz mistério sobre novos problemas

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Num arroubo de hermetismo, o presidente Jair Bolsonaro alertou sobre o risco de seu governo ser atingido por um tsunami nos próximos dias. Soou cataclísmico, após uma semana agitada, em que o Palácio do Planalto foi engolfado seguidas vezes pelo Congresso Nacional.

“Talvez tenhamos um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda a certeza. Somos humanos, todos erram. Alguns erros são perdoáveis, outros não”, afirmou nesta sexta (10). Do que fala Bolsonaro? De onde virá o maremoto? A que erros se refere?

O presidente Jair Bolsonaro durante evento da Caixa Econômica Federal, em Brasília, neste mês - Adriano Machado/Reuters

Nos últimos dias, o bolsonarismo levou uma sova no Parlamento. Na tentativa de aprovar a medida provisória que reconfigurou a Esplanada dos Ministérios, o governo foi derrotado com a transferência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da pasta de Sergio Moro (Justiça) para o Ministério da Economia. Sofreu o revés mesmo depois de ter aceitado recriar dois ministérios que historicamente serviram de abrigo ao fisiologismo: Cidades e Integração Nacional.

Assistiu inerte ao ato voluntarista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de adiar a votação da MP da estrutura do governo, apesar de acordo prévio. A medida perderá a validade se não for apreciada até o dia 3 de junho. Somem-se a isso pequenos tombos. Para a MP do pente-fino do INSS avançar, a equipe econômica cedeu e recuou na proposta de livrar as empresas de ônus por acidentes com funcionários a caminho do trabalho.

Dada a fragilidade da articulação governista, Câmara e Senado ainda desafiaram o poder da caneta presidencial. As duas Casas apontaram inconstitucionalidades no decreto de Bolsonaro que amplia o porte de armas. Ameaçam derrubá-lo.

O vaticínio apocalíptico de Bolsonaro pode ser alusão a novos fiascos parlamentares —suspensão do decreto de armamentos? Desmonte da estrutura do governo? Tais dissabores parecem fichinha diante de contendas relevantes pela frente, como a essencial reforma da Previdência.

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