Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
A desconhecida alergia ao gergelim
A condição afeta 1,1 milhão de pacientes, entre adultos e crianças, nos EUA
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Os deliciosos e prazerosos alimentos da cozinha árabe ou libanesa, quando preparados com gergelim, podem provocar reação alérgica. O gergelim mereceria constar nos rótulos de alimentos ao lado dos grupos de alergia alimentar, como o amendoim, leite, mariscos, nozes, ovos, soja, peixe e trigo.
Sintomas leves podem surgir quando apenas polvilhados sobre alimentos, como nos pães de hambúrguer. Reações mais intensas em pessoas susceptíveis estão sempre relacionadas ao gergelin, presente no tahine, um creme ou pasta de sementes de gergelim e ao homus, feito de grão-de-bico misturado com tahine.
O professor Christopher M. Warren e colaboradores da Universidade Northwestern, em Chicago, EUA, demostram no Jama Network de agosto que a alergia ao gergelim nos Estados Unidos é relativamente comum. Estimam afetar 0,49% da população ou 1,1 milhão de pacientes, entre adultos e crianças.
Em países de alto consumo de gergelim, como Israel e Arábia Saudita, é considerada uma das principais causas de anafilaxia induzida por alimentos.
O médico I. Dalal, do Centro Médico E. Wolfenson, em Holon, Israel, relata na revista Allergy que o gergelim é a principal causa de severa reação alérgica alimentar em crianças e jovens. Ele perde o primeiro lugar apenas para o leite de vaca como causa de anafilaxia.
Médicos do Hospital Rei Faisal, em Riade, Arábia Saudita, em pesquisa coordenada por F. Sheikh e publicada na revista Asia Pacific Allergy, diagnosticaram urticária e angioedema desencadeados por alimentos como nozes, ovos e gergelim em 238 pacientes internados.
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