Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
A enganosa dor de cabeça
Cefaleia tensional atinge cerca de 38% da população enquanto a enxaqueca afeta a 12%, segundo estudo
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O criador da psicanálise, Sigmund Schlomo Freud, estava fumando e uma pessoa lhe perguntou sobre o significado do fumegante charuto em seus dedos. Ao responder, tornou famosa a frase: às vezes, um charuto é só um charuto.
Da mesma forma, às vezes, uma dor de cabeça é apenas uma dor de cabeça. Mas existem diferentes formas de dor de cabeça.
Um ministro incompetente, por exemplo, pode resultar em dor de cabeça para o governo, ou não, dependendo da capacidade de desinformação que esse governo possua.
Mas a dor de cabeça de verdade é a denominada cefaleia e enxaqueca pela medicina.
Pessoas que apresentem cefaleia de início abrupto e idade igual ou superior a 50 anos devem procurar avaliação médica para afastar eventuais problemas neurológicos, explica Matthew S. Robbins em revisão atualizada sobre o problema na revista Jama deste mês.
Igualmente a cefaleia de início recente em mulheres grávidas ou no pós-parto pode estar relacionada a doença circulatória cerebral, distúrbio hipertensivo da gravidez ou a cefaleia pós-punção na coluna para anestesia.
Estudos sobre a prevalência da cefaleia tensional concluíram que atinge cerca de 38% da população enquanto a enxaqueca, mais incapacitante, afeta a 12%.
Estatísticas publicadas nos Estados Unidos assinalam que cerca de 90% dos cidadãos norte-americanos já sentiram, em um momento de sua vida, o desconforto de uma dor de cabeça.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters