O senador Alexandre Giordano (MDB-SP) solicitou à Prefeitura de São Paulo placas oficiais para carros para escapar do rodízio municipal e para poder trafegar nas faixas preferenciais de ônibus. Essa placa é concedida a deputados estaduais, governador e membros do Judiciário.
A Folha mostrou que Giordano teve gastos de mais de R$ 336 mil em recursos públicos com combustível e abasteceu veículos seus, de seu filho e de uma empresa da família. A média mensal de gastos com esse item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o Brasil, em uma linha reta do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), quatro vezes por mês.
Giordano assumiu o mandato em março de 2021. Ele era suplente de Major Olímpio, que morreu em decorrência da Covid-19.
Em nota, o senador afirma que a solicitação "é justificada pela necessidade locomoção efetiva para cumprimento das agendas oficiais, haja vista o grande congestionamento de tráfego na capital pelas obras em andamento e necessidade de melhoria nas condições viárias no município".
O parlamentar também afirma que, apesar de estar em Brasília durante parte da semana, sua atuação não se limita a atividades no Congresso, "sendo necessário frequentemente realizar atividades oficiais e compromissos no Estado de São Paulo, incluindo a capital".
Ele acrescenta que o pedido das placas especiais "está alinhado com práticas já estabelecidas para outras autoridades".
Sobre o combustível, o senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia.
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