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Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

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Quem não tem problema de ereção pode ou não pode tomar remédio?

Entenda os riscos de usar esse tipo de medicamento desnecessariamente

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Há uma prática que tem se tornado cada vez mais frequente no mundo jovem (e no adulto também) que é a do uso de remédios para favorecer a ereção por quem não tem problema algum nessa área. Mas será que pode mesmo, só para dar uma "turbinada" na história? Ou não? Qual a opinião de especialistas?

Vamos conversar sobre esse tema polêmico agora. E já adianto: não, não vale a pena usar qualquer medicação para tratar qualquer tipo de problema quando esse problema não existe. Ou seja, se o jovem ou o homem NÃO tem problema com a ereção, ele NÃO precisa de medicação que foi criada para auxiliar quem tem dificuldade nessa área. Você não acha?

Tomar medicamentos para favorecer a ereção podem causar problema a longo prazo - Metáfamo / Adobe

Mas, mesmo isso parecendo óbvio, muita gente acaba se jogando no uso de remédios para ereção com o intuito de potencializar ainda mais, ou turbinar, o que já funciona bem. E é justamente nesse ponto que a gente precisa pesar muito bem os prós e os contras pois, de acordo com os especialistas e em linguagem bem clara: você pode acabar se dando muito mal.

Mas se dando mal por quê?

Porque sim, a medicação favorece a ereção, mas foi feita para quem tem algum problema orgânico nesse mecanismo que deveria ocorrer naturalmente na hora em que o homem sente desejo e entra na fase da excitação sexual. No entanto, para quem não tem problema algum com isso, pode ser que o uso da medicação prejudique a confiança em si mesmo na hora da transa, atrapalhando assim todo o mecanismo de excitação e prazer.

Explico melhor: o jovem, ou o homem, ao usar a medicação sem precisar, pode ser que comece a desenvolver uma dependência, que a gente chama de psicológica, do medicamento. Ou seja, ele começa a acreditar que a ereção só vai vir, ou só vai ser boa mesmo, com a medicação. E passa a ficar emocionalmente preso a isso: com o tempo, só consegue transar (e ficar confiante e seguro para transar) com o uso da medicação.

Aí o estrago está feito: o que não era necessário (o remédio) passa a ser fundamental. Assim, o problema (que não existia) com a capacidade do jovem ou do homem adulto de ter e de manter a ereção, passa a existir. E a pessoa passa a depender do uso da medicação.

Resumindo: a dica da coluna de hoje é cautela no uso do que você não precisa usar. Avalie melhor as prioridades. Reflita bem sobre os prós e os contras. E, claro, como sempre digo por aqui, não se cobre perfeição. Afinal, perfeição não existe.

Pegue mais leve com você. E segure a onda no uso de medicação que você não precisa (nem deve) usar. O seu prazer e a sua saúde emocional agradecem.

Até a próxima coluna!

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