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Jornalista, foi coordenador de imprensa na Prefeitura de São Paulo (2005-2009). É coautor de "Como Viver em São Paulo sem Carro".

É preciso delimitar espaços no largo da Batata

Os malabarismos dos skatistas assustam quem passa pela área

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Skatista usa banco para manobra no largo da Batata - Joel Silva/Folhapress

A região central de Pinheiros passou muitos anos em obras que resultaram em um grande espaço que junta os tradicionalíssimos largo de Pinheiros e largo da Batata. Se os nomes já indicavam dois lugares amplos, agora ficou uma praça larguíssima. Com poucos anos de inauguração, tornou-se referência da cidade ao ser palco de jornadas como os protestos de junho de 2013, comemorações de Carnaval, Copa do Mundo etc.

Fora das grandes manifestações, no entanto, de tão grande, o lugar chega a gerar um sentimento de solidão: onde estou? Onde devo ficar? Qual é o meu lugar?

Aos poucos, a praça vem sendo apropriada por diversas tribos. Os exemplos mais visíveis são os bares que colocam mesas na calçada e skatistas que se concentram mais perto de onde era o largo de Pinheiros, no que chamaríamos de hemisfério sul.

Os jovens de skate fazem lindas acrobacias e manobras radicais que entretêm os olhos. Suas curvas se fundem às linhas secas do cimento do piso e dos bancos. É um tema para belas fotos urbanas.

Mas o sentimento de pertencimento frequentemente adquire uma forma possessiva —os malabarismos sobre rodinhas assustam quem passa pela área. É como se os skatistas dissessem: “Esse espaço é meu”. Não chega a sair faísca, mas os olhares tortos e algumas reclamações tornam clara a necessidade de delimitar os espaços.

A prefeitura criou anos atrás, ali perto, o parque Zilda Natel, na avenida Dr. Arnaldo. Dentro dele, uma pista de skate não deixa dúvidas de quem é o dono do território. Algo assim precisa ser feito no largo da Batata —para que o esporte radical não passe de uma bela imagem para um conflito explícito.

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