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Descrição de chapéu Todas guerra israel-hamas

Vidas judias não importam

'Viva o terrorismo', já ouço gritarem

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Duas idosas são liberadas do cativeiro depois de 17 dias e o que mais leio é que "foram bem-tratadas", soltas por "razões humanitárias", exatamente como o Hamas quer que seja disseminado. Não há uma única notícia sobre as centenas de mortes de civis israelenses que não seja ignorada por interlocutores que agora já dispensam as adversativas. Já deixaram claro que vidas judias não importam. Não há empatia. Zero comoção.

Na entrevista no hospital, Yocheved Lifschitz, 85, contou como foi levada de motocicleta e falou sobre a violência que sofreu quando chegou à Faixa de Gaza, recebida com pedaços de pau pelos civis, antes de ir para o cativeiro. Lá, teve atendimento médico, foi alimentada e diz que viveu "um inferno", mas "no geral" foi bem-tratada. Bastou isso para que os terroristas ganhassem o carimbo de "humanidade". Mais um pouco haverá relatos de que os túneis em Gaza na verdade eram um spa.

É desumano o que Israel tem feito em represália ao massacre que sofreu no dia 7 de outubro e que ainda é vivido pelos mais de 200 reféns que continuam em Gaza. Não há palavras para descrever o horror das cenas de morte e de desespero dos palestinos. Não há "mas" ou "porém" ou "contudo" ou qualquer outra coisa que minimize a tragédia que essa guerra impõe a milhões que são subjugados pelo Hamas.

Infelizmente não se pode dizer o mesmo sobre a forma como o sofrimento dos judeus tem sido tratado. A essa altura nem se fotos de israelenses degolados, queimados, estuprados, começassem a circular, impediria comentários desumanos. Não se trata mais de defender a causa Palestina, mas de uma profunda "vinculação afetiva de terror", mais conhecida como síndrome de Estocolmo. Uma horda refém da narrativa e do mesmo ódio de um grupo terrorista. Não sabemos como terminará essa guerra, mas o Hamas já venceu. Podem gritar, "viva o terrorismo!" Bem, isso já está sendo feito.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto referiu-se à refém autora do relato como Nurit Cooper, 79. Cooper foi sequestrada e libertada junto com Yocheved Lifschitz, mas foi Lifschitz quem deu a entrevista.

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