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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Mudança no limite de vagas de garagem deve gerar insegurança, dizem entidades

Lei prevê que imóveis em áreas com oferta de transporte público só podem ter 1 vaga por apartamento

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O fim de uma regra para empreendimentos residenciais localizados perto de estações de metrô e corredores de ônibus em São Paulo poderá trazer insegurança jurídica, segundo entidades.

Os imóveis nesses locais podem ter um espaço de garagem a cada 60 m² nas unidades habitacionais. Ou seja, se os apartamentos têm 120 m², são permitidos dois carros.

As vagas excedentes passam a ser consideradas áreas computáveis e entram no limite de construção permitido para aquela região da capital paulista.

Imóveis localizados em Zonas de Estruturação Urbana, próximos a estações de metrô ou corredores exclusivos de ônibus, estão sujeitos às novas regras. É o caso de trechos da avenida Santo Amaro, na zona sul - Ernesto Rodrigues/Folhapress

A regra é temporária. Passou a valer com a lei de zoneamento, em 2016, e vigora até 22 de março de 2019.

Depois disso, imóveis nos eixos servidos por transporte público ficarão restritos a uma vaga por unidade.

A maior dúvida é se projetos protocolados antes da data, mas que não serão aprovados até lá, poderão usufruir da regra antiga, segundo Odair Senra, presidente do Sinduscon-SP (sindicato paulista da construção).

“Parece que alguns técnicos estão inseguros, mas, no nosso entendimento, não há dúvida”, diz Ricardo Yazbek, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).

“O texto não diz que o projeto precisa ser aprovado até 22 de março, mas que os benefícios valeriam por três anos.”

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento afirma, em nota, que entende a complexidade do tema, e informa que o assunto está em discussão. “Será deliberado até a data de vencimento do incentivo.”

 

Olhar de requinte

A fabricante e distribuidora  americana de óculos Marchon vai trazer duas novas linhas de produto para o Brasil neste ano, segundo o vice-presidente para as Américas, Andy Skitmore.

A companhia comercializa 14 marcas no país atualmente, quase todas de alto luxo, como Salvatore Ferragamo e Chloé. Até setembro, DKNY e Victoria Beckham deverão fazer parte do portfólio.

“O Brasil tem muitas empresas que atuam com produtos sem marca, um ramo em que não operamos. Estamos no segmento premium e planejamos crescer pelo menos 10% aqui em 2019”, diz ele.

“O mercado brasileiro é peça-chave da nossa estratégia, tem cerca de 18 mil pontos de venda, e nós negociamos com 3.500. Até o final do ano serão quase 4.000.”

10 mil
funcionários de clientes da Marchon deverão ser treinados pela empresa até o fim deste ano

 

Indicadores de risco começam 2019 em direção oposta à de 2015

O câmbio, os indicadores de risco e o desempenho da Bolsa tiveram comportamentos contrários nos primeiros dias do governo Bolsonaro e o observado durante o começo do segundo mandato de Dilma Rousseff, em 2015.

“Os sinais são trocados, o que muda é a intensidade, por motivos internos e externos”, afirma o economista que fez as comparações, Marcel Balassiano, da FGV/Ibre.

O real se fortaleceu mais de 3% em relação ao dólar entre o fim de 2018 e a quarta (23); o risco, medido pelo CDS (credit default swap) recuou mais de 16% em 2019; e a Bolsa subiu quase 10% nesse mesmo período.

Alguns dos indicadores ainda estão muito abaixo dos valores do início do segundo governo Dilma, diz Balassiano.

“A recessão teve início no segundo semestre de 2014, e aquele foi o primeiro ano que o país teve déficit primário.”

O desequilíbrio das contas públicas é o principal problema econômico hoje, diz ele, e os índices só seguirão positivos se for dada uma resposta convincente: “As expectativas estão todas calcadas na reforma da Previdência”.

 

Raios e sinistros

O faturamento com a contratação de seguro residencial cresceu 14% até novembro de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017, e a expectativa do mercado é que siga em alta neste ano.

O verão é a época de maiores vendas porque é o período com mais panes nas redes elétricas que causam problemas em eletrodomésticos.

O ramo será um dos que mais crescerão nos próximos anos por ter uma base relativamente baixa, se comparada a de automóveis, segundo Jarbas Medeiros, superintendente da Porto Seguro.

“Cerca de 85% dos domicílios não têm seguro. Projetamos um crescimento de dois dígitos em 2019”. 

Produtos mais baratos, que cobrem só uma fração do que há no imóvel, também contribuíram para a alta, diz Raquel Tomasini, da administradora Lello, que oferece planos em parceria com uma corretora.

 

Hora do café

 

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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