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'Battisti pode estar fazendo confissão combinada', diz Tarso Genro

Ex-ministro que concedeu refúgio ao terrorista italiano diz que, caso ele esteja dizendo a verdade, extradição foi correta

O terrorista italiano Cesare Battisti escoltado por policiais italianos em sua chegada a Roma - Alberto Pizzoli/AFP

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O ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT-SP), que concedeu asilo para o terrorista Cesare Battisti em 2009, disse que fez isso porque leu todo o processo contra o italiano e não encontrou nele nenhuma prova que comprovasse a culpa.

Nesta segunda (25), Battisti  —que foi extraditado do Brasil, fugiu para a Bolívia e acabou preso e enviado à Itália— confessou que é o responsável por quatro assassinatos, três ferimentos graves e uma série de roubos na década de 1970, quando militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo.

"Se ele está falando a verdade e não está fazendo uma confissão para satisfazer o promotor [na Itália] e obter alguma vantagem na execução de sua pena, a extradição está correta", diz Genro.

"Na oportunidade em que concedemos a ele o refúgio, não havia prova no processo, que eu li inteiro. E isso está confirmado agora: a procuradoria italiana precisou da confissão dele para confirmar as acusações", segue o ex-ministro.

Tarso levanta ainda a hipótese de o depoimento não corresponder precisamente à verdade. 

"Battisti pode estar fazendo uma confissão combinada com uma transação com o promotor. Só quem sabe disso é o próprio Battisti. A verdade, neste caso, será sempre uma verdade ficta [suposta, hipotética]", conclui.

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