Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
'Tá brincando que o Doria está aqui', reage deputado na Sapucaí
Governador de São Paulo circulou por vários espaços e encontrou do deputado David Miranda, do PSOL, ao ex-ministro Gustavo Bebianno
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Depois de almoçarem juntos, os governadores do RJ, Wilson Witzel (PSC), e de SP, João Doria (PSDB), voltaram a se encontrar no camarote da Sapucaí exclusivo para convidados do chefe do Executivo fluminense na noite de domingo (23).
Enquanto Witzel só deixou a área restrita para ir à pista algumas vezes (onde foi vaiado durante o desfile da Mangueira), Doria, como já faz há alguns anos, passou por diversos camarotes. Apertou as mãos de funcionários e donos dos espaços, sorriu para selfies e até sambou.
Enquanto seguia com a sua comitiva de um camarote a outro, Doria falou sobre sua aproximação com Witzel —os dois, que em 2018 colaram as suas imagens à de Jair Bolsonaro e hoje querem distância dele, pleiteiam a Presidência em 2022.
“Nós estabelecemos que o centro democrático tem que estar unido. Mais unidos do que nunca”, dizia Doria à coluna. Parecia até nome de cordão carnavalesco. O governador solta uma gargalhada e diz: “Aproveitando o clima do Carnaval, Witzel e João Doria criaram o bloco Mais Unidos do que Nunca.”
"Porra, você tá brincando que [o Doria] tá aqui”, dizia o deputado David Miranda (PSOL-RJ) ao saber da presença do governador paulista no camarote Arara. O parlamentar foi à Sapucaí para desfilar pela Grande Rio. Seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, ficou "cuidando das crianças [eles têm dois filhos]”. “Mas acho que no ano que vem ele vai desfilar. Estou convencendo.”
No mesmo espaço, aguardando o desfile da Portela, estava o ex-ministro Gustavo Bebianno, que foi braço direito de Bolsonaro até ser demitido do governo pelo presidente, em fevereiro de 2019. Para ele, existem hoje dois governos: “Um que trabalha e um que atrapalha. O governo que trabalha é o do Paulo Guedes”.
“O presidente não é um homem que trabalhe muito. Qualquer jornalista que acompanhe a agenda oficial do presidente percebe que é muito fraca. Infelizmente ele tem como meta a próxima eleição de 2022. E com isso não governa. Fica alimentando beligerâncias com todo mundo —agora com os governadores. Isso é muito ruim para o Brasil”, afirma Bebianno.
“O conselho que eu daria a ele [Bolsonaro] é: seja mais humilde, menos beligerante, manda os filhos pra Disney (mesmo com o dólar a R$ 4 e tal) e governa o país com inteligência.”
com BRUNO B. SORAGGI, BRUNO FÁVERO e VICTORIA AZEVEDO
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