Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Ala radical critica Bolsonaro e pergunta se 'acabou, porra' era para destruir conservadores
Consultoria que monitora redes sociais vê a possibilidade de ruptura com presidente
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A ala radical do bolsonarismo ligada à família do presidente Jair Bolsonaro e de seu guru Olavo de Carvalho começa a dar sinais públicos de inquietação com o armistício entre o presidente, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso.
NA MOSCA
Uma das maiores lideranças da ala, o blogueiro Allan dos Santos já foi ao Twitter fazer referência crítica direta ao presidente.
MOSCA 2
“O ‘Acabou, porra’ era para parar o conservadorismo e deixar que ele fosse criminalizado?”, escreveu Allan na quinta (9).
ZÍPER
Em maio, Bolsonaro soltou a frase para criticar a operação de busca e apreensão autorizada pelo STF em endereços de blogueiros e empresários bolsonaristas. De lá para cá, silenciou.
FESTA
Allan também já afirmou querer “provas” de que Bolsonaro seguirá promovendo a chamada guerra ideológica no MEC e disse que a “esquerda está quieta pois consegue tudo o que quer”.
EM LINHA
As falas coincidem com recados cifrados de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, também contrariado.
ADEUS
A AP Exata, que monitora as redes sociais, já vinha detectando a insatisfação crescente dos radicais e vê a possibilidade de uma ruptura desse setor com o presidente.
ESPINAFRE
“Eles têm ganhado força política autônoma. Um exemplo é o ex-ministro Abraham Weintraub [da Educação], liderança do grupo que se capacitou para alçar voos próprios”, afirma Sergio Denicoli, diretor da consultoria.
CHAPAS
Nas redes já surgiu até movimentação em torno de eventual chapa presidencial de Weintraub e o chanceler Ernesto Araújo como vice.
O CERTO
Já a ala moderada do governo Bolsonaro festeja decisões do Judiciário entendidas como favoráveis ao presidente. Elas reforçariam a tese de que valeu a pena ele recuar dos ataques às instituições.
LISTA
O grupo elenca decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), como o arquivamento de pedido de investigação contra o general Augusto Heleno, votos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de soltar Fabrício Queiroz.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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