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Bolsonaro orienta e Pazuello telefona para Gilmar Mendes

Presidente quer manter linha do diálogo com o Supremo e tenta contornar a crise

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O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, telefonou na terça (14) para o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi orientado pelo presidente Jair Bolsonaro a buscar um diálogo com o magistrado.

A coluna confirmou a informação com o ministro do Supremo. "Foi uma conversa cordial", diz ele, sem entrar em detalhes.

De acordo com interlocutor do presidente, a conversa foi precedida por uma mediação. O ministro da Saúde então deu informações a Gilmar Mendes sobre medidas que estão sendo tomadas para o combate à epidemia e explicou as dificuldades no enfrentamento da tragédia.

No sábado (11), Gilmar fez duras críticas à gestão do Ministério da Saúde na crise do novo coronavírus e disse que o Exército estava se associando a um "genocídio". Pazuello é general da ativa e nomeou 28 militares para cargos na pasta.

A fala do magistrado gerou reação das Forças Armadas e o Ministério da Defesa chegou a representar contra ele na PGR (Procuradoria-Geral da República). Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica divulgaram uma nota dura dizendo que a acusação do ministro era "infundada, irresponsável e sobretudo leviana". O vice-presidente, general Hamilton Mourão, exigiu retratação.

Bolsonaro, no entanto, ficou longe da confusão. Não fez comentários públicos nem defendeu os militares.

De acordo com um ministro do núcleo próximo do presidente, ele pretende seguir na linha do diálogo com a corte e por isso evitou participar do debate sobre a fala de Gilmar Mendes.

O telefonema de Pazuello seria mais um sinal de paz de Bolsonaro.

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