Siga a folha

Descrição de chapéu Coronavírus

Mortes por causa da crise da Covid-19 saltaram 42% em quatro capitais, diz Fiocruz

Estudo estima excesso de óbitos em relação ao esperado em relação ao período de cinco anos anteriores

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Um estudo da Fiocruz estimou o número de mortes naturais que ocorreram “em excesso” em capitais que sofreram de forma intensa a crise do novo coronavírus. Elas saltaram 42% em relação ao que era esperado para 2020.

NATURAL

O trabalho contabilizou todas as mortes naturais de pessoas maiores de 20 anos que ocorreram nas cidades de São Paulo, Fortaleza, Rio e Manaus —por doenças como câncer, infarto, acidentes vasculares e problemas respiratórios (entre eles, a Covid-19).

VIOLENTO

Foram excluídas mortes por causas violentas como homicídio e acidentes, consideradas não-naturais.

HISTÓRIA

Entre 23 de fevereiro e 13 de junho, quando a epidemia explodiu no país, 74.406 pessoas morreram por causas naturais nas quatro capitais. Eram esperadas 52.133 mortes, tomando-se por base o período anterior de cinco anos. O indicador de mortalidade se mantém estável ao longo dos anos e só sofre aumentos bruscos em situações de desastres naturais, guerras ou epidemias.

HISTÓRIA 2

Do excesso de 22.273 mortes, 14.918 tiveram como causa oficial a Covid-19. As demais 7.355 ocorreram por outros motivos.

HISTÓRIA 3

“Mas todos os óbitos excedentes devem ser integralmente atribuídos ao agente estressor: a crise do coronavírus”, diz o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz e um dos autores da pesquisa.

TÃO LONGE

A crise, acredita, fez com que doentes de outras enfermidades não encontrassem atendimento em hospitais colapsados, ou mesmo que evitassem buscá-los.

ESTRADA

“O escandaloso número de mortes excedentes não foi obra do acaso, mas da má gestão da epidemia. Elas poderiam ter sido evitadas. As propriedades quase milagrosas atribuídas à cloroquina e a narrativa da preservação da economia mostrou-se ineficaz e pode seguir causando milhares de mortes”, diz.

QUARENTENA

com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas