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'É muito perigoso ela estar solta', diz deputada que pede ao STF que Sara Winter volte à prisão

Líder do PCdoB na Câmara protocolou ação após a militante divulgar dados da menina de dez anos estuprada

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A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que revogue a decisão da corte que concedeu prisão domiciliar à ativista bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, e que ela volte a ser detida.

"Ela [Sara] está descumprindo as regras da prisão domiciliar. É muito perigoso ela estar solta", afirma a parlamentar à coluna.

Perpétua justifica a sua solicitação citando a divulgação recentemente feita por Sara em suas redes sociais de dados pessoais da menina de dez anos que engravidou após ser estuprada por um tio. "A atitude dela valeria até prisão em flagrante", afirma a deputada.

"É perturbação de ordem pública tentando impedir decisão judicial, divulgação dos dados de uma menor, a exposição de um profissional no devido cumprimento da lei, afinal ela expôs também o médico. São vários crimes", diz a parlamentar, referindo-se à mobilização de pessoas contra o aborto em frente ao hospital na qual a menina foi realizar o procedimento permitido pela Justiça.

"A maioria das ações dos demais partidos [contra a militante] focou na questão do vazamento [das informações pessoais da menina]. Nós fomos mais longe: a pessoa responsável por esse vazamento está em prisão domiciliar", segue.

Na ação, a deputada afirma que "não é possível aceitar que a investigada Sara Giromini, em pleno usufruto do benefício da prisão domiciliar, continue a descumprir as leis e a Constituição do país, promovendo calúnias, agredindo pessoas e instituições, e, neste caso gravíssimo, agindo com crueldade inominável, violando mais uma vez os direitos fundamentais de uma criança vítima de tantos atos bárbaros de violência sexual e psicológica".

"Poderiam os investigados se valerem dessa liberdade, ainda que restrita, para cometer novos crimes e atentar contra a ordem pública? Não estaria, nessa hipótese, também configurada a quebra da lealdade processual e o respeito ao próprio Judiciário?", segue o texto.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) també apresentou uma petição para o ministro Alexandre de Moraes pedindo que seja apurado como Sara, "estando em cumprimento de medida cautelar, conseguiu acesso aos dados privados e médicos relativos à criança, hospital e profissionais de saúde".

Sara está entre os líderes do grupo 300 do Brasil, um dos responsáveis pelas manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Brasília e de ataques a integrantes do Congresso e do Supremo.

Ela foi presa no dia 15 de junho. Recebeu duas ordens de prisão temporária, de cinco dias cada, determinadas por Alexandre de Moraes. Sara estava no presídio feminino da Colmeia, em cidade satélite de Brasília. No dia 24 daquele mês, Moraes, decidiu liberá-la para a prisão domiciliar com o uso de tornezeleira eletrônica.

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