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Anvisa demorou seis meses para aprovar pesquisa de antivirais contra Covid-19

Em julho de 2020 aconteceu a primeira reunião dos responsáveis pelo estudo clínico com a agência

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A Anvisa, que aprovou estudos sobre a eficácia da hidroxicloroquina em tempo recorde no começo da epidemia do novo coronavírus, adotou ritmo diferente em relação a outros medicamentos.

MARCHA LENTA 

Um dos projetos, que busca verificar a eficácia dos antivirais Atazanavir, Daclatasvir e Sofosbuvir no combate à Covid-19, demorou seis meses para ter todo o processo finalizado. E só agora os medicamentos começarão a ser ministrados, em 350 pacientes de 30 hospitais brasileiros.

NO VIDRO  

As três drogas foram testadas em laboratório, em pesquisa coordenada pelo virologista Thiago Moreno Souza, da Fiocruz. O Atazanavir já é usado no tratamento da infecção por HIV-1. O Daclatasvir e o Sofosbuvir são indicados para hepatite.

NO VIDRO 2 

In vitro, os antivirais impediram a replicação do novo coronavírus.

EM BUSCA  

Partiu-se então para a busca de financiamento. Os pesquisadores conseguiram R$ 3 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia, R$ 450 mil da rede de farmácias Clamed, de Santa Catarina, e US$ 75 mil de uma organização australiana.

MESA REDONDA 

Em julho de 2020 aconteceu a primeira reunião dos responsáveis pelo estudo clínico com a Anvisa. Entre idas e vindas, o projeto, da Coalizão Covid, que reúne alguns dos mais renomados hospitais do país, foi aprovado em novembro. A licença para importação do medicamento foi deferida em janeiro.

TEMPO  

A Anvisa diz que “a informação não procede” em relação ao tempo de análise da pesquisa. Afirma que só pode agir a partir de solicitações formais. Diz que um primeiro dossiê, com dados gerais do estudo, foi enviado à agência em setembro. E o documento específico de ensaio clínico, em 17 de novembro —tendo sido aprovado em três dias.

TEMPO 2 

Entre o primeiro e o segundo documento, diz, “foram realizadas reuniões com os pesquisados e a Anvisa teve que aguardar o grupo condutor do estudo decidir sobre os ajustes do protocolo”. O órgão nada poderia fazer senão aguardar “a solicitação pelos desenvolvedores da pesquisa”.

QUARENTENA

com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

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