Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Congressista de ultradireita foi levada aos Bolsonaros pelo deputado Gil Diniz
Diniz afirma que Beatrix von Storch condena o regime nazista e não pode ser responsabilizada por seus antepassados
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O encontro entre Jair Bolsonaro (sem partido) e a vice-líder do partido AfD (Alternativa para Alemanha), a deputada de ultradireita Beatrix von Storch, contou com a intermediação do deputado estadual por São Paulo Gil Diniz (sem partido). Ele que primeiro fez a ligação dela com Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal e filho do presidente.
LINHA DIRETA
Beatrix é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças de Adolf Hitler na Alemanha nazista, e já foi investigada por incitação ao ódio contra muçulmanos. O encontro dela com Bolsonaro gerou comoção e repúdio de diversas entidades judaicas. E mesmo judeus alinhados com Bolsonaro ficaram indignados.
LINHA 2
Gil Diniz conta que foi procurado por representantes do movimento conservador no Chile, ligado ao marido da congressista alemã, e sua assessoria fez a ponte com os deputados Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis (PSL-DF). E afirma que ele mesmo pediu a Jair Bolsonaro que recebesse Beatrix. “O presidente falou: ‘Consigo dez minutos’”, relembra Diniz, que esteve em Brasília na semana passada. O bate-papo ocorreu na quinta (22) e não constou na agenda oficial da Presidência.
MITO
“Os europeus, espanhóis, alemães e até mesmo representantes da Hungria e Inglaterra enxergam o presidente [Bolsonaro] como o principal líder conservador do mundo com mandato. Eles mesmos procuram a gente para entender a nossa realidade, como o presidente vem se consolidando, como a direita no país vem se organizando”, explica.
MITO 2
“Trocamos figurinha para organizar esse movimento [conservador] a nível de América Latina e a nível global", segue.
PESSOAS BOAS
Gil Diniz rebate as acusações contra a deputada. “Eles [Beatrix e seu marido, Sven Von Storch] são pessoas boníssimas. Nada a ver essa história de acusá-los”, afirma. “Ela condena o regime nazista assim como nós e não pode ser responsabilizada por ações de seus antepassados. Acho que o preconceito é contra ela, tanto por ser mulher quanto por ser alemã. A xenofobia é dos brasileiros que a acusam de nazista.”
EM BREVE
Diniz afirma que deve receber a congressista alemã na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para uma nova rodada de conversas na próxima quarta-feira (28).
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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