Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus

MPF vai investigar governo Bolsonaro por barrar festival de jazz antifascista

Evento foi barrado na Rouanet por um parecer técnico negativo carregado de referências religiosas

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar a decisão do governo Bolsonaro em barrar apoio a festival de jazz antifascista na Bahia.

O Festival de Jazz do Capão, realizado na Bahia, foi barrado na Lei Rouanet por um parecer técnico negativo carregado de referências religiosas e que apontava uma post em que o festival de colocava como "antifascista e pela democracia" como um dos motivos pela negativa.

"Apuração de suposta violação aos princípios da legalidade, impessoalidade e do Estado laico, bem como desvio de finalidade no indeferimento do projeto", diz depacho do órgão desta quarta (14).

Postagem do Festival de Jazz do Capão no Facebook - Reprodução/Facebook

O documento é assinado pelo procurador Sergio Suiama. O MPF reconhece que essa decisão tem conexão com inquérito civil instalado pelo órgão em 2019 que apura questões de impessoalidade envolvendo a Funarte, a Fundação Nacional das Artes.

Nesta quarta (14), o escritor Paulo Coelho ofereceu, em suas redes sociais, um valor de R$ 145 mil para cobrir, por meio de sua fundação, gastos do evento.

"A Fundação Coelho & Oiticica se oferece para cobrir os gastos do Festival do Capão, solicitados via Lei Rouanet. Entrem em contato via DM [mensagem privada] pedindo a alguém que sigo aqui que me transmita. Única condição: que seja antifascista e pela democracia", postou o escritor nas suas redes sociais.

No Facebook, o Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina, postou em 1º de junho uma imagem se declarando “antifascista e pela democracia”. A postagem é apontada pelo parecer como uma das motivações do parecer ter sido negativo.

O parecer é assinado por Ronaldo Gomes, assessor técnico da presidência da Funarte. Uma semana depois, Gomes foi exonerado do cargo.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas