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Descrição de chapéu Folhajus STF

Mensagens revelam apoio de Mendonça à Lava Jato e irritam senadores

Arquivos da Operação Spoofing mostram que indicado por Jair Bolsonaro ao STF se reuniu com procuradores em 2019

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Novos documentos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) revelam que André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para a Corte, se reuniu com integrantes da Operação Lava Jato em 2019 e combinou estratégias para impulsionar a agenda política dos procuradores.

MESA

As informações foram coletadas em mensagens secretas trocadas entre o procurador Deltan Dallagnol, então estrela da Lava Jato, e colegas dele na operação. Elas estão em arquivos apreendidos na Operação Spoofing aos quais os advogados de Lula tiveram acesso.

MESA 2

Os documentos já começaram a circular no Senado, que tem que aprovar o nome de Mendonça para o STF. A proximidade ideológica com os procuradores da Lava Jato quando ocupou o cargo de advogado-geral da União sempre foi considerada uma pedra no caminho que ele precisa trilhar para chegar ao STF. E as novas informações renovam os temores de que, uma vez empossado como ministro da Corte, ele vai apoiar pautas que parlamentares consideram punitivistas.

MESA 3

Em mensagens, Dallagnol e os procuradores descrevem um encontro que tiveram com Mendonça em fevereiro de 2019, no restaurante Ponte Vecchio, um dos mais badalados de Curitiba.

ATA 

Depois do encontro, eles divulgaram nota para a imprensa. E fizeram internamente atas listando as deliberações da reunião e as tarefas políticas de cada um. Um dos pontos elencados foi a defesa da prisão em segunda instância.

MISSÃO 

“AGU reverterá posição”, afirmava a ata. E, de fato, em manifestação que a advocacia-geral enviou ao Supremo um mês depois, Mendonça mudou a posição do órgão sobre o tema —e passou a defender a prisão de condenados já em segunda instância.

LINHA 

Até então, a AGU dizia que a prisão de uma pessoa só era possível depois que uma sentença se torna definitiva, ou seja, quando não pode ser mais modificada por recursos apresentados à Justiça.

PÚBLICAS

Mendonça afirma que a reunião que teve com procuradores da Lava Jato em 2019, em Curitiba, foram "públicas e institucionais".

"Tratou-se de reunião pública, marcada institucionalmente, para resolver questões relacionadas à destinação de valores e encontro de contas entre os acordos de leniência celebrados pela Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU) e o próprio Ministério Público Federal (MPF)", afirma comunicado enviado pela equipe de comunicação de Mendonça. Leia mais aqui.

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com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

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