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Sérgio Reis é alvo de representação de 29 subprocuradores por subversão e incitação ao crime

Cantor afirmou que caminhoneiros parariam o país até que ministros do Supremo fossem afastados

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Um grupo de 29 subprocuradores-gerais da República entrou com uma representação junto à Procuradoria da República no Distrito Federal contra o cantor Sérgio Reis por suas declarações de que caminhoneiros parariam o país até que o Senado afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de seus cargos.

Eles afirmam que a ameaça pode configurar crime de incitação à subversão da ordem política ou social, além de incitação ao crime.

A peça afirma que o movimento que está sendo organizado pelo cantor pretende obstruir rodovias, fechar portos, aeroportos e impedir a livre circulação de pessoas e bens, a fim de pressionar o Congresso a implementar o voto impresso —pauta bolsonarista já derrotada na Câmara— e o pedido de impeachment de ministros do Supremo.

"Diante dos graves acontecimentos que têm marcado a história recente do país, em particular as frequentes ameaças de ruptura institucional e de desrespeito à independência dos poderes e de seus integrantes, solicitamos a Vossa Excelência a distribuição desta representação a um dos membros oficiantes na área criminal, com vistas à adoção das providências que forem entendidas cabíveis", afirmam os subprocuradores.

A representação foi encaminhada ao coordenador criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, Carlos Henrique Martins Lima.

Os signatários ainda afirmam que um eventual colapso dos serviços públicos por causa da paralisação poderia ter consequências sobre a saúde pública no país, que ainda atravessa a crise da Covid-19.

Como mostrou a coluna na segunda-feira (16), o cantor Sérgio Reis está deprimido e passando mal, com uma crise de diabetes depois da repercussão do áudio enviado em uma conversa com um amigo.

"Se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria", afirmou o cantor.

O artista relatou ainda uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares "do Exército, da Marinha e da Aeronáutica" em que informou o que faria.

Reis foi desautorizado por lideranças de caminhoneiros e por ruralistas. Mesmo assim, a notícia ganhou repercussão. O áudio circulou na cúpula do Judiciário e entre parlamentares. E foi reproduzido por veículos de notícia.

O cantor tinha divulgado também um vídeo, mais ameno, em que convidava apoiadores de Bolsonaro para o protesto em Brasília e em outras cidades, marcado para dia 7 de setembro.

"Ele está muito triste e depressivo porque foi mal interpretado. Ele quer apenas ajudar a população. Está magoado demais", disse a mulher de Reis, Ângela Bavini. "O Sérgio foi induzido por pessoas que dizem estar em um movimento tranquilo. No fim, todo mundo vaza [desaparece], e sobra para ele, que é uma celebridade." ​

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