Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Brasileiros em Gaza relatam bombas com produto que 'afeta a respiração'
'Parece gás lacrimogêneo', segundo palestinos que estão na fronteira com o Egito tentando voltar ao Brasil
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza informaram o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, que os bombardeios foram intensos nesta noite na cidade de Rafah, no sul do território.
E mais: eles afirmaram que houve "uso de algum produto que afeta a respiração", segundo diplomatas.
"Parece gás lacrimogêneo", descreveram brasileiros que tentam sobreviver. O local em que eles estão, no sul de Gaza, está sob constante bombardeio.
Israel havia ordenado o deslocamento dos palestinos para a região, indicando que o norte de Gaza seria bombardeado, mas que o sul seria preservado e, portanto, mais seguro.
Os bombardeios, no entanto, têm sido intensos, com milhares de vítimas civis, especialmente crianças —quase a metade da população de Gaza tem menos de 18 anos.
"O ataque israelense está continuando, com bombas caindo por todos os lados. No norte, no sul, é a mesma coisa. Não faz sentido nenhum, não faz diferença nenhuma", disse à coluna o brasileiro Hasan Said Rabee. "Escolas são bombardeadas, hospitais, feiras", segue.
Ele está no grupo que tenta deixar Gaza rumo ao Brasil, recebendo suporte da diplomacia brasileira, que conseguiu retirá-los do norte do território.
Hasan conversou na quinta (26) com o próprio presidente Lula (PT), que tem feito apelos dramáticos para que Israel e Egito deixem os brasileiros saírem de Gaza.
A cidade de Rafah, onde eles estão, fica próxima da fronteira com o país árabe, por onde poderia ser feita a evacuação.
Até terça-feira (24), o grupo que aguarda a repatriação totalizava 32 pessoas, das quais 22 brasileiras, 7 palestinos em processo de imigração e 3 palestinos que querem acompanhar seus parentes próximos.
O escritório do país na Cisjordânia conseguiu enviar recursos para a compra de alimentos e água pelos brasileiros.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters