Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Janja elogia Rosa Weber e Barroso em posse de desembargadoras
Primeira-dama elogiou a adoção de regras para preenchimento de vagas que visam a paridade de gênero nos tribunais
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A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, elogiou a adoção de políticas para ampliar o número de juízas em tribunais brasileiros.
Em discurso na posse das desembargadoras Gabriela Araujo e Louise Filgueiras e do desembargador Marcos Moreira de Carvalho no Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF-3), em São Paulo, Janja agradeceu à ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber por aprovar regras para o preenchimento de vagas que visam alcançar a paridade de gênero nos tribunais.
"A nossa querida ministra Rosa Weber deu um importante passo ao criar a resolução 525 do ano passado no CNJ [Conselho Nacional de Justiça, comandado por quem preside o STF] prevendo a alternância de homens e mulheres para ocupar as vagas da segunda instância, uma significativa [ação] afirmativa de gênero. Quero novamente parabenizá-la por isso", afirmou a primeira-dama.
Ela também elogiou o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
"O nosso querido ministro Roberto Barroso, em sua gestão no CNJ, também tem feito importantes discussões para o avanço da paridade de gênero no Judiciário, bem como para promover uma maior diversidade na carreira da magistratura, ao angariar fundos para bolsas de estudo para negros e indígenas conquistarem a aprovação em concursos", disse ela no discurso.
"Mais mulheres no topo das decisões judiciais representa efetivamente a democracia plena no nosso país. É importante que mulheres se vejam representadas por outras mulheres", seguiu.
"E aqui hoje a gente tem mais duas mulheres [as desembargadoras Gabriela Araújo e Louise Filgueiras, que tomavam posse] para que a gente possa se olhar, se enxergar e buscar essa mão de solidariedade. Promover a sensibilidade de gênero na interpretação da norma e desvelar as desigualdades que afetam a vida de todas nós, de todas as mulheres no nosso país."
Janja lembrou que as mulheres são 54,69% do profissionais do Judiciário –mas que o percentual encolhe para 38,8% na magistratura, e apenas 21% no total de desembargadores.
"A construção da igualdade de gênero sempre fez parte da minha vida profissional, pessoal e política. Ainda temos muitos desafios para avançar na representatividade de mulheres no país, no Parlamento, no Executivo e, claro, obviamente no Poder Judiciário", afirmou a primeira-dama.
Ela finalizou convidando "todos e todas" a participarem da campanha contra o feminicídio que está sendo promovida pelo Ministério das Mulheres.
"Eu não preciso aqui falar dos números, a gente sabe dos absurdos. E vocês aqui desembargadores e desembargadoras com certeza vivenciam isso no seu dia a dia nos processos. E também [vivenciam] as questões da violência doméstica, sexual, política, da distribuição desigual do trabalho, do cuidado e da subvalorização do trabalho feminino."
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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