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Mulher que trai é vagabunda; homem que trai é fraco

Trair uma mulher durante a gravidez é um ato cruel e covarde

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Traição é um tema complexo e doloroso que revela muito sobre a ética e os valores da nossa sociedade. Recentemente, fomos surpreendidos pela notícia da traição que a cantora Iza sofreu. Grávida de seis meses, ela descobriu a infidelidade de seu marido, um jogador de futebol, por meio de um jornalista conhecido por revelar segredos da vida dos famosos. A notícia se espalhou rapidamente e, de forma surpreendente, o traidor ganhou mais de 200 mil seguidores no Instagram em poucas horas. Esse episódio nos leva a refletir sobre a cultura da fama, o valor atribuído à beleza e o oportunismo presente na sociedade.

O fato de o jogador ter ganhado tantos seguidores após a revelação de sua traição é um reflexo preocupante da nossa sociedade. Por que alguém que cometeu uma ação tão desleal e desrespeitosa recebe atenção e notoriedade? Em vez de condenar suas atitudes, a sociedade parece recompensá-lo com fama, alimentando um comportamento tóxico.

Muitos veículos de mídia e opiniões nas redes sociais destacam o absurdo de trair uma mulher "como Iza". No entanto, o ponto central não deve ser a fama ou a beleza de Iza. O que torna essa traição tão revoltante é o momento de vulnerabilidade em que ela se encontrava. Trair uma mulher durante a gravidez é um ato cruel e covarde, refletindo a falta de caráter do traidor, independentemente da aparência ou status da vítima.

A questão não está na pessoa traída, mas nos valores e princípios do traidor - Adobe Stock

Infelizmente, a traição é uma realidade que muitas mulheres enfrentam, independentemente de sua beleza ou fama. A questão não está na pessoa traída, mas nos valores e princípios do traidor. É um lembrete de que nenhuma mulher, famosa ou anônima, bonita ou não, merece passar pelo que Iza está passando.

Alguns veículos de comunicação dedicaram espaço para falar da carreira do jogador, quando o foco deveria ser nas consequências de suas ações e na perda de uma família potencialmente feliz. Seu pedido de desculpas, justificando a traição como um "momento de fraqueza", soa como uma tentativa de minimizar sua responsabilidade, mas homens que traem em momentos de vulnerabilidade das parceiras demonstram um profundo desrespeito e falta de empatia.

O caso de Iza não é isolado. Nos lembra de outras situações, como a traição sofrida por Preta Gil enquanto tratava de um câncer. Esses episódios reforçam que a traição não escolhe momento ou circunstância, e que o oportunismo e a falta de caráter de alguns homens são capazes de causar danos profundos.

A suposta amante do jogador, ao tentar vender a informação da traição por R$ 30 mil, também demonstra um oportunismo baixo. Claramente, ela busca notoriedade às custas da humilhação de outra mulher, e a atenção que ela e o jogador esperam ganhar só perpetua um ciclo de fama baseado no sofrimento alheio.

Em contraste, a resposta de Iza tem sido de dignidade e força. A cantora publicou uma mensagem de gratidão aos seus fãs, destacando o apoio e o carinho recebidos. "Meus talismãs. Eu não sabia que tanta gente me amava e que tanta gente ia viver isso comigo. Ainda não consigo responder a todos, mas vou. Porque esse carinho e amor todo merecem meu amor também", escreveu ela. Essa postura é um exemplo de resiliência e determinação em meio à adversidade.

Vamos refletir juntos? Por que a sociedade valoriza e recompensa comportamentos prejudiciais? Por que damos atenção e notoriedade a indivíduos que se destacam pelo mau comportamento, em vez de focar em apoiar e valorizar aqueles que são vítimas?

Quando a traição vem de uma mulher, a reação da sociedade é bem diferente. Um exemplo claro é o caso de Neymar, que teve inúmeras traições expostas e, em vez de ser julgado severamente, muitas vezes foi visto como alguém viril, com ainda mais seguidores e até admiração em alguns círculos. Mas quando é uma mulher que trai, como aconteceu com outras famosas, rapidamente ela é rotulada de vagabunda, destruidora de lares, recebendo ódio e julgamento pesado.

Esse duplo padrão revela uma desigualdade gritante. Homens que traem são muitas vezes vistos como viris, enquanto mulheres que fazem o mesmo são julgadas com muito mais severidade. Por que essa diferença? Por que a traição masculina é muitas vezes romantizada, enquanto a feminina é vilanizada?

No fim, eu e milhares de mulheres (e homens também) desejamos que Iza permaneça usufruindo do sucesso que conquistou com sua beleza e talento, enquanto os oportunistas desapareçam na obscuridade que merecem. Que possamos refletir sobre nossos valores e buscar uma sociedade em que todos sejam tratados com respeito e igualdade, independentemente de seu gênero ou ações.

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