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Correspondente da Folha na Ásia

Batalha por 5G se torna 'Guerra Fria da tecnologia'

Quando voltei aos EUA, foi como voltar à Idade da Pedra, diz executivo americano ao WSJ após dez anos na China

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Como vêm publicando quase diariamente Wall Street Journal e Financial Times, a China está deixando os EUA para trás na “batalha por supremacia digital”, na manchete de um ano atrás da Economist.

No fim de semana, em mais uma extensa reportagem, o WSJ destacou a declaração de um executivo americano após dez anos na China:

“Quando voltei aos EUA, foi como voltar à Idade da Pedra”.

E na terça o jornal publicou o texto explicativo “Por que ser o primeiro em 5G importa”. Em suma:

“Se os Estados Unidos não tivessem liderado o 4G, o país não dominaria a tecnologia móvel e as suas plataformas, como Instagram e até Facebook e Netflix, não teriam se tornado potências globais”.

Segundo o WSJ, a China deverá atingir cobertura nacional de 5G no ano que vem, com a Huawei. E os EUA, com AT&T e Verizon, só começam a lançar 5G, cidade por cidade, no final deste ano.

A imprensa chinesa, de sua parte, passou a reagir após a prisão da diretora financeira e filha do fundador da Huawei no Canadá, a pedido dos EUA, dois meses atrás. E agora está em plena campanha.

Na manchete do tabloide Huanqiu/Global Times, também na terça, “Pequim se prepara para Guerra Fria da alta tecnologia”, depois que os EUA anunciaram prioridade e mais recursos na segunda.  

Em editorial, o jornal chinês atacou as pressões americanas sobre os europeus aliados, contra o uso de equipamento da Huawei, comparando a submissão da Otan ao Pacto de Varsóvia.

FERVOR

James Bamford, tido como principal jornalista para questões de inteligência dos EUA, publicou na New Republic a longa reportagem "A espiã que não era" (acima), sobre a russa Maria Butina, que foi presa em agosto entre títulos que a acusaram até de "usar sexo". Foi efeito do "fervor anti-russo", conclui o repórter.

BOLSONARO VS. BRICS

Em análise no indiano The Economic Times, Fábio Zanini, da Folha, escreve que no país de Jair Bolsonaro, que neste ano preside o grupo Brics, a aliança com os grandes emergentes se tornou “quase invisível”. Até na Venezuela o Brasil agora se situa em posição divergente daquela de China, Rússia e também Índia e África do Sul —e ao lado dos EUA.

De maneira geral, “a nova diplomacia brasileira consiste em poucos amigos e objetivos limitados, sem ambições globais”.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Da CNN, sobre as fotos que correram mundo da festa da, entre aspas no original, “escravidão” em Salvador:

"O mundo da moda está passando por uma prestação de contas em termos de insensibilidade cultural e suposto racismo.”

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