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Correspondente da Folha na Ásia

NYT e WSJ destacam 'tumulto' e 'disputa' no país

Agências de notícias enfatizam que Moro sai 'alegando interferência'

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Com pequena chamada sem foto, o New York Times noticia: "Governo brasileiro em tumulto conforme Bolsonaro demite chefe de polícia e ministro da Justiça renuncia". Descreve Sergio Moro como "a face de uma poderosa repressão anticorrupção".

O texto inicialmente curto, de quatro parágrafos, ressalta que ele "acusou o presidente de tentar minar a autonomia política da Polícia Federal e colocá-la a serviço de suas ambições políticas"

O Wall Street Journal deu chamada maior, "Ministro da Justiça do Brasil renuncia após disputa com presidente", enfatizando que foi "a segunda saída do ministério em uma semana, no momento em que a liderança do país luta contra o surto de coronavírus".

Os correspondentes de NYT e WSJ evitam, mas a Associated Press informa, no despacho "Popular ministro Moro renuncia alegando interferência", que sua "posição sofreu após o site The Intercept Brasil publicar mensagens que sugeriam que havia interferido em investigações, inclusive de Lula"

Na Europa, como nos EUA, a atenção maior é para a disparada nos números da Covid-19 no Brasil, mas Le Monde e Le Figaro noticiam, com a agência francesa AFP, que Moro "se demite e denuncia interferência política".

Nos ingleses The Guardian e Financial Times, "golpe para Bolsonaro". A alemã Der Spiegel traz no subtítulo que "Moro enfrenta consequências de disputa com Bolsonaro. O combatente anticorrupção, que também é questionado, acusa o presidente de interferência política".

Na Argentina, La Nación e Clarín dão pequenas chamadas com foto (acima) ressaltando que é um "abalo" para Bolsonaro e que Moro estava "confrontado" com ele.

Em perfil, o La Nación descreve Moro como "o juiz emblema da Lava Jato que era a maior carta de Bolsonaro". Diz que "seu maior troféu foi Lula", mas com as revelações do Intercept "a conduta de Moro também foi parar no tribunal máximo do país".

De sua parte, o jornalista americano Glenn Greenwald, fundador do Intercept e responsável pelas revelações, tuitou que "tudo o que Moro acusou Bolsonaro de fazer ele próprio fez":

"É por isso que eles foram aliados próximos por 18 meses: são muito parecidos. Moro saiu por causa de controle e poder, não por princípio e ética."

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