Também o New York Times do correspondente Ernesto Londoño passou a descrever o presidente brasileiro como "isolado", na home page (acima, deixando o púlpito), acrescentando que, "desafiador, descarta ameaça de coronavírus ao Brasil".
Ouve de Maria Hermínia Tavares de Almeida, da USP: "Ele demonstrou que não tem condições para ser presidente. Permanece no poder por uma razão muito simples: ninguém quer criar uma crise política para derrubá-lo no meio de uma emergência de saúde".
A reação do principal jornal americano vem uma semana depois de cobertura semelhante por outras publicações ocidentais, da alemã Der Spiegel ao Washington Post do correspondente Terrence McCoy.
O britânico Guardian, que já publicou editorial sobre o perigo de Bolsonaro para os brasileiros, reporta nesta quarta como ele passou a ser "ignorado por governadores estaduais" e como "até ex-aliados estão se recusando a seguir suas convocações de volta ao trabalho".
O também britânico Financial Times, em análise com chamada digital, descreve o presidente brasileiro como "crise ambulante", walking crisis.
No francês Le Parisien, "Brasil, a nova bomba relógio do planeta", sobre o negacionismo de Bolsonaro. E no esportivo argentino Olé, com inadequada ironia, "O Brasil está pior".
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