Correspondente da Folha na Ásia
Cobertura no exterior questiona general na Petrobras
Demissão de 'economista treinado em Chicago' indica quebra de 'compromisso com políticas de livre mercado'
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O noticiário financeiro ocidental reagiu em coro ao anúncio do general Joaquim Silva e Luna para presidir a Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, "economista treinado na Universidade de Chicago", expressão usada da Bloomberg ao Wall Street Journal e ao Financial Times.
Foi a mais lida das reportagens da Bloomberg no mundo, ao longo da segunda-feira, "Mercados do Brasil caem com giro de Bolsonaro para o intervencionismo". O mandatário brasileiro "afirmou que pode fazer mais mudanças, inclusive em energia".
A agência financeira sublinha que "a popularidade de Jair Bolsonaro está caindo para perto de recordes de baixa depois que um programa de distribuição de dinheiro expirou em dezembro". E que o ministro Paulo Guedes se mantém "em silêncio". Em análise posterior, destacou que ele "desvanece" diante de Bolsonaro.
O WSJ levou à home a queda nas ações da Petrobras , segunda e terça, destacando que "a decisão do presidente brasileiro gerou uma crise de confiança no compromisso de seu governo com as políticas de livre mercado".
Informa que Silva e Luna "serviu ao lado do presidente décadas atrás, sob a ditadura militar do Brasil", e que o apelo de Bolsonaro a generais, em diversos ministérios, vem se ampliando.
O britânico FT levou a Petrobras à manchete em sua edição americana e noutras —embora não no Reino Unido, às voltas com a derrocada local. No enunciado (acima), "Brasil é abalado por ação de Bolsonaro de trocar chefe de petroleira por general do Exército". No texto:
"Muitos no poderoso lobby empresarial do Brasil apoiaram Bolsonaro quando ele concorreu, porque acreditavam que implementaria um ambicioso programa de privatização e desregulamentação. Mas, além de uma reforma previdenciária aprovada em 2019, a maioria das principais mudanças não aconteceu."
O financeiro alemão Handelsblatt publicou que a "Demissão do chefe da Petrobras afunda Bolsa brasileira em turbulência", enfatizando, logo abaixo, que, "Após a nomeação de um ex-general, o preço da ação caiu dois dígitos".
No financeiro francês Les Échos, na mesma linha, "Petrobras: Bolsonaro afunda Bolsa brasileira". Abrindo o texto, "Turbulência era esperada. Foi uma carnificina".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters