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Enquanto Zhao ganhava Oscar, Yao Pan Ma era espancado em NY

Tabloides nova-iorquinos cobrem 66º caso de crime de ódio contra asiáticos na cidade, em 12 meses

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Nos tabloides nova-iorquinos, a imagem de outra pessoa de origem chinesa, o cozinheiro Yao Pan Ma, disputou espaço a partir do domingo com as fotos da diretora Chloe Zhao, que levou o Oscar pelo filme “Nomadland”.

O Daily News, com testemunhos e vídeo de vigilância, reportou que Yao Pan Ma foi atacado por trás e, no chão, teve a cabeça chutada e pisoteada várias vezes, na Terceira Avenida com rua 125.

O New York Post ouviu de sua mulher, “entre lágrimas”, o temor de que não sobreviva. O casal, de Guangdong, chegou a Nova York em 2019, para ele trabalhar num restaurante, emprego que perdeu com a pandemia. Foi o 66º caso de crime de ódio contra asiáticos em 12 meses, na cidade.

South China Morning Post, de Hong Kong, na mesma região chinesa, e New York Times, este com menos destaque, noticiaram a prisão do agressor.

À esq., Chloe Zhao, em foto da AFP para o ‘pool’ do Oscar; à dir., no Daily News, Yao Pan Ma em coma no hospital após agressão

Já Zhao Ting, nome chinês da diretora Chloe, de Pequim, foi para o alto das edições em mandarim do NYT e do Wall Street Journal com o destaque de que sua premiação foi censurada na rede social Sina Weibo.

Por outro lado, o Global Times, tabloide ligado à ala nacionalista do PC, publicou dois textos com elogios a Zhao, que no discurso saudou sua herança cultural citando um poema chinês, “San Zi Jing”.

No título da Bloomberg, “Zhao agora precisa ganhar a China”. O filme devia ter estreado no “maior mercado do mundo” no fim de semana, mas está “no limbo” desde que veio à tona uma declaração dela em 2013, dizendo que na China haveria “mentiras por toda parte”.

O Global Times, sublinha a Bloomberg, criticou a frase, mas se posicionou contra um veto. O problema não é tanto “Nomadland”, mas “Eternals”, filme de super-herói que ela dirigiu para a Marvel, da Disney, que depende do mercado chinês.

GUEDES CONTRA O ITAMARATY

Enquanto o ministro Paulo Guedes falava publicamente no Brasil que “chinês inventou o vírus” e tem vacina menos eficaz do que a americana Pfizer, o embaixador em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, surgia em entrevista na direção oposta, na home do Global Times.

Na chamada, “Embaixador: Brasil confia na vacina produzida na China e espera que os laços mais fortes [entre os dois países] não sejam afetados pela esfera política dos EUA”.

VACINA DERRUBA COVID NA RÚSSIA

Pouco antes da troca de acusações entre a Anvisa e o fundo russo que financia a Sputnik V, o Financial Times noticiava que "Infecções diminuem na Rússia, conforme país aumenta ritmo de vacinação". Também as mortes estão caindo.

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