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Trata-se de evitar uma guerra na Europa, diz líder alemão

Chanceler resiste à pressão americana para romper com a Rússia; à espera de Scholz, Biden mantém 'escalada retórica'

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Após a porta-voz da Casa Branca prometer que não iria mais falar que a invasão da Ucrânia é "iminente", o conselheiro de Segurança Nacional surgiu domingo na Fox News para falar que a invasão pode acontecer "a qualquer momento agora".

Na home page do New York Times, "Autoridades do governo Biden disseram que invasão poderia matar até 50 mil civis e provocar uma crise de refugiados" na Europa.

Como a CNN reconheceu dias antes, quando a Ucrânia passou a resistir à "escalada retórica dos EUA", há "sinais claros" de que a estratégia de "relações públicas de guerra" visa em parte a "forçar aliados na Europa a tomar posições mais duras" contra a Rússia.

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, durante entrevista à rede ARD, em 6 de fevereiro de 2022 - Reprodução

Um em especial, o alemão Olaf Scholz. Ele chega a Washington nesta segunda sob fogo do mesmo NYT, que afirmou em reportagem, sem sequer creditar ao governo: "A paciência está acabando, e Scholz tem que trazer algo à mesa".

Já o Wall Street Journal, em seu destaque da visita, se concentrou no outro lado, buscando explicar por que ele não abandona de vez o gasoduto Nord Stream 2, principal exigência de Biden:

"Assessores dizem que a cautela de Scholz não é motivada por preocupações com o gás. Eles dizem que o esforço dos EUA para trazer a Ucrânia para a esfera ocidental e fornecer armas está aumentando a instabilidade na Europa."

EVITAR A GUERRA

O chanceler já havia justificado, à rede alemã ZDF: "Muitos cidadãos deste país temem que a situação possa realmente surgir, de uma guerra na Europa, e é tarefa comum garantir que isso não aconteça". Em nova entrevista, agora à rede ARD (acima), pouco antes de embarcar para Washington, voltou a argumentar:

"Trata-se de evitar uma guerra na Europa."

AGUENTA PRESSÃO

O WSJ ressalta que "os alemães, que há décadas são céticos sobre o uso —ou ameaça— de força militar para resolver crises, apoiam a abordagem cautelosa de Scholz: pesquisa recente mostrou que 73% concordam com a sua recusa em armar a Ucrânia".

O jornal financeiro americano ouve, de uma economista próxima de Scholz, Philippa Sigl-Glöckner: "O chanceler aguenta pressão, é paciente e não se deixa influenciar com facilidade".

NOVA CRISE DOS MÍSSEIS

Na manchete do South China Morning Post ao longo do final de semana, "China e Rússia conclamam EUA a abandonar plano de implantar mísseis na Ásia-Pacífico e na Europa".

Para o jornal, mais do que o acordo bilateral sobre gás, foi esse o destaque da cúpula entre Xi Jinping e Vladimir Putin —e alinha os países quanto à anunciada estratégia americana de expansão de "mísseis de longo alcance" nas duas regiões.

‘TRAIÇÃO’

Na Fox News, acima, o apresentador Tucker Carlson atacou a esquiadora Eileen Gu, 18, nascida na Califórnia e que compete pela China nas Olimpíadas de Inverno, por "traição".

Na China, outra californiana que compete por Pequim, a esquiadora Zhu Yi, 19, virou alvo dos netizens no Sina Weibo após cair durante a apresentação, com questionamentos a seu "patriotismo". Ela foi aplaudida ao final, no ginásio, e defendida na rede social por Hu Xijin, do Global Times, do PC.

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