A pressão americana sobre a Alemanha, país que vem resistindo à escalada contra a Rússia, prosseguiu com uma ameaça do porta-voz do Pentágono, o ministério militar dos Estados Unidos, em entrevista à rede pública de rádio NPR, ecoando por agências.
Na transcrição: "Eu quero deixar muito claro. Se a Rússia invadir a Ucrânia, de um jeito ou de outro o Nord Stream 2 não vai seguir adiante. E nós queremos ser muito claros quanto a isso".
Em declaração recente, o chanceler ou primeiro-ministro alemão, o social-democrata Olaf Scholz, afirmou que o gasoduto ligando a Rússia à Alemanha, que já está pronto, é um "projeto do setor privado" e deveria ser visto "separado" da crise na Ucrânia.
Em seguida, a Casa Branca divulgou que Scholz irá a Washington em duas semanas se encontrar com o presidente americano, Joe Biden, para "discutir seu compromisso compartilhado com os esforços para impedir novas agressões russas".
Paralelamente, o New York Times publicou um longo texto em tom semelhante, com foto em quatro colunas no alto da primeira página e a chamada "Alemanha vacila na Ucrânia, e aliados se preocupam". Num dos enunciados online, "Aliados da Alemanha começaram a questionar até mesmo a sua confiabilidade como aliado".
O ataque foi concentrado, inclusive com foto, em Scholz.
POSSÍVEL SAÍDA
Menos vinculado ao governo democrata, o financeiro Wall Street Journal destacou os esforços diplomáticos de alemães e franceses para resgatar um acordo entre Rússia e Ucrânia.
Representantes dos quatro países se reuniram por oito horas e, no enunciado do WSJ, "Negociações apontam para possível saída na crise". A implementação do acordo havia sido uma promessa do presidente ucraniano, "mas pressão da opinião pública o impediu de cumprir".
Também na home do jornal, "China pede calma aos EUA na Ucrânia".
CONTRAPRESSÃO
Ao fundo, o financeiro Il Sole 24 Ore cobriu uma reunião por videoconferência entre empresários italianos e o presidente russo, Vladimir Putin.
E o financeiro Handelsblatt noticiou que uma associação de empresas alemãs, de gigantes como Siemens, VW e Basf, programou reunião semelhante com Putin para daqui a um mês.
RASPUTIN
Novo correspondente do NYT no Brasil, Jack Nicas publicou na edição de quinta (27) o obituário de Olavo de Carvalho, "guru de extrema-direita de Bolsonaro", "autoproclamado filósofo", "teórico de conspiração que zombava da pandemia" e que ascendeu junto ao atual governo brasileiro "alertando sobre uma conspiração globalista para espalhar o comunismo pelo mundo". Também "Rasputin".
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