Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Descrição de chapéu toda mídia

Por Xinhua e CCTV, Putin adianta parceria com Xi contra sanções de Biden

Projetos em gás e finanças visam blindar economias contra ameaças; russo recebeu líder argentino e deve receber alemão

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Jornais russos como Kommersant e Argumenty i Fakty, chineses como Global Times e South China Morning Post e americanos como New York Times destacam o artigo que o presidente Vladimir Putin escreveu para a agência Xinhua, preparatório para o encontro com Xi Jinping e a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno.

Alguns trechos, vistos como uma resposta às ameaças americanas de sanções contra as finanças e o gás da Rússia:

"Estamos consistentemente expandindo liquidações em moedas nacionais e criando mecanismos para compensar o impacto negativo das sanções unilaterais. Um marco foi a assinatura de um acordo entre Rússia e China sobre pagamentos e liquidações em 2019. Uma parceria em energia mutuamente benéfica está sendo formada. Além de fornecimento de petróleo e gás a longo prazo para a China, temos planos de implementar projetos conjuntos de grande escala."

Não cita o Brasil, mas anota que "a Rússia e a China estão cooperando ativamente dentro do Brics, da estrutura Rússia-Índia-China, da Organização de Cooperação de Shanghai, bem como de outras plataformas multilaterais", como o G20.

Em foto da agência russa Sputnik, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebe seu colega argentino, Alberto Fernández, em Moscou, na quinta, 3 de fevereiro de 2022 - via REUTERS

'BONS AMIGOS'

Putin também deu extensa entrevista à rede chinesa CCTV, ressaltando o Tratado de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação Rússia-China "assinado há mais de 20 anos", dizendo que a parceria "não é direcionada contra ninguém" e comentando:

"Conheço o presidente Xi Jinping há muito tempo. Como bons amigos e políticos que compartilham muitas visões comuns sobre a solução dos problemas mundiais, sempre mantivemos uma comunicação próxima."

SCHOLZ CONTRA A GUERRA

A pressão dos EUA sobre a Alemanha, para se posicionar contra a Rússia, prosseguiu com o envio de soldados americanos à própria Alemanha e com a venda de gás americano em substituição do russo, ambas destacadas ao longo da noite e manhã pelo NYT.

O chanceler Olaf Scholz ainda resiste, anunciando, em entrevista à rede alemã ZDF, que viaja a Moscou "em breve" para encontro com Putin, o que o governo russo confirmou, via AiF. Scholz argumenta:

"Muitos cidadãos deste país temem que a situação possa realmente surgir, de uma guerra na Europa, e é tarefa comum, portanto, garantir que isso não aconteça."

'BIDEN INCITA À GUERRA?'

O espanhol El País publicou com exclusividade as respostas de EUA e Otan à Rússia, rejeitando demandas de Putin. Diante da revelação do impasse, o NYT se questionou em sua manchete, pela manhã:

"Estratégia de Biden está funcionando ou incitando Moscou à guerra?"

NATUREZA FLUIDA

Último parágrafo do NYT, ao noticiar o que aconteceu na Síria nesta quinta (3):

"Dada a natureza fluida dos primeiros relatos num ataque complexo, a versão inicial dos militares [americanos] pode estar incompleta. Descrições de outros acontecimentos se revelaram por vezes contraditórias ou, algumas vezes, totalmente erradas".

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