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Big Techs dos EUA usam temor da China para conter regulação antitruste

Bancados por Google, Facebook e outros, 'think tanks' dizem que medidas favoreceriam chinesas como Huawei e Tencent

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Em manchete do Wall Street Journal na terça (1º), o Google anunciou ter fechado o ano "blockbuster", de sucesso, com receita de US$ 75 bilhões no quarto trimestre, um salto de 32%. E a ameaça de "regulação drástica" das Big Techs diminuiu, informou antes o mesmo WSJ.

No entanto, bancos de investimento como Morgan Stanley e Cowen avisaram que haveria ainda um esforço do Congresso, de regulação, antes das eleições nos Estados Unidos.

Ilustração no Financial Times para reportagem sobre lobby das Big Techs - Reprodução

Daí, no alto do Financial Times, "Big Techs aumentam financiamento para ‘think tanks’ de política externa". São os "centros de estudo" que se confundem com organizações de lobby em Washington.

"Google, Amazon, Facebook e Apple estão por trás do crescimento nos recursos de quatro dos mais prestigiosos: Center for Strategic and International Studies, Center for a New American Security, Hudson Institute e Brookings."

O objetivo, ressalta o jornal em enunciado, é "combater a regulação mais rigorosa usando lobby anti-China".

Um primeiro resultado foi a carta "vociferante" ao Congresso assinada por Leon Panetta, ex-governos Clinton e Obama, e Dan Coats, ex-governo Trump. As medidas antitruste em discussão, disseram eles e outros signatários, deixariam chinesas como Huawei e Tencent "em posição melhor para assumir proeminência global".

Os próprios "think tanks" admitem, como no caso do Hudson, que: "O Facebook tem apoiado nosso trabalho de análise das ameaças à competitividade americana por uma China em ascensão".

NA EUROPA TAMBÉM

O FT noticiou pouco antes que o gasto das Big Techs americanas com lobby disparou também na União Europeia, com o mesmo fim, mas outros argumentos.

ALERTA ELEITORAL

Em artigo no New York Times, a ex-executiva que comandou o trabalho do Facebook em eleições ao redor do mundo, inclusive as brasileiras de 2014 (Dilma Rousseff) e 2018 (Jair Bolsonaro), avisou que a plataforma "não está preparada para o tsunami eleitoral que se aproxima".

Lista Brasil e também França, Quênia, Austrália, Filipinas e EUA.

Diz que faltam até "pessoas com conhecimento de idioma específico do país para tomar decisões difíceis sobre [limites à] expressão" —em parte porque a maioria dos recursos para isso "se concentra nos EUA, embora os usuários em outros países sejam a vasta maioria".

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