Siga a folha

Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

Após três anos, cerco ao 5G chinês deixa EUA para trás

Especial do WSJ mostra que 'China lidera' nas aplicações, de minas de carvão a 'smart factories', depois das sanções

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A Casa Branca divulgou que Joe Biden "avisou" Xi Jinping, ameaçando "consequências", mas o Wall Street Journal não levou à manchete, diferentemente de outros americanos, não econômicos.

O Financial Times chegou a dar na manchete que foi Xi quem "avisou" Biden contra "sanções indiscriminadas" à Rússia. Embaixo, o jornal financeiro ressaltou que as compras de petróleo russo pela Índia "quadruplicaram" apesar dos avisos da Casa Branca.

Na mesma direção, de questionamento do efeito das sanções econômicas, o WSJ publicou agora um caderno especial sobre os resultados —a falta deles— nas ações contra a China em 5G, prioridade americana há mais de três anos.

O cerco a Huawei e outras não trouxe os avanços internos esperados. A manchete do caderno, "O que está segurando o 5G", destaca as "dificuldades técnicas". Em especial, a resistência dos reguladores americanos devido ao suposto risco para "segurança aérea".

Como escreveu o ex-CEO do Google Eric Schmidt, em artigo publicado pouco antes no próprio WSJ, "O 5G da China voa sobre o 5G da América" (ilustração acima).

Segundo o caderno, a "China lidera" ou "mostra o caminho com redes 5G" que vão de minas de carvão, com perfuradoras operadas remotamente, a portos, com contêineres processados online, e principalmente "as chamadas smart factories".

Nas várias frentes, o esforço das empresas chinesas, com apoio do governo, é "automatizar os processos de trabalho intensivo ou perigoso", aumentando produtividade e baixando custo.

Quanto ao principal alvo de Donald Trump e Biden no que foi chamado de guerra comercial, o WSJ mostra "O boom de negócios de software da Huawei", em serviços como nuvem.

O que o jornal omite é que a pressão contra a empresa fracassou em alguns dos maiores emergentes, a começar da América Latina. Segundo o FT, o bilionário Carlos Slim anunciou que a cobertura 5G já chegou a 18 cidades do México e alcançará 120 até o fim do ano. Com Huawei.

No Brasil, segundo veículos do setor como Teletime, a Huawei e a operadora TIM celebraram Curitiba como a primeira escolhida para o projeto Cidade 5G, que vai estabelecer "cidades inteligentes" no país.

INTOLERÂNCIA

Embora ainda tenha algum espaço em veículos como Economist (ilustração acima), para expressar sua visão de que a guerra "é culpa do Ocidente", o cientista político John Mearsheimer, já sob ataque na imprensa, virou alvo de abaixo-assinado dos alunos na Universidade de Chicago, onde leciona.

Acusam-no de "disseminação do putinismo" e cobram da universidade "uma declaração de que não tolera ideologia anti-ucraniana no campus". Também "uma declaração clara" do próprio Mearsheimer "sobre sua posição em relação à agressão russa".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas