Correspondente da Folha na Ásia
Após três anos, cerco ao 5G chinês deixa EUA para trás
Especial do WSJ mostra que 'China lidera' nas aplicações, de minas de carvão a 'smart factories', depois das sanções
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A Casa Branca divulgou que Joe Biden "avisou" Xi Jinping, ameaçando "consequências", mas o Wall Street Journal não levou à manchete, diferentemente de outros americanos, não econômicos.
O Financial Times chegou a dar na manchete que foi Xi quem "avisou" Biden contra "sanções indiscriminadas" à Rússia. Embaixo, o jornal financeiro ressaltou que as compras de petróleo russo pela Índia "quadruplicaram" apesar dos avisos da Casa Branca.
Na mesma direção, de questionamento do efeito das sanções econômicas, o WSJ publicou agora um caderno especial sobre os resultados —a falta deles— nas ações contra a China em 5G, prioridade americana há mais de três anos.
O cerco a Huawei e outras não trouxe os avanços internos esperados. A manchete do caderno, "O que está segurando o 5G", destaca as "dificuldades técnicas". Em especial, a resistência dos reguladores americanos devido ao suposto risco para "segurança aérea".
Como escreveu o ex-CEO do Google Eric Schmidt, em artigo publicado pouco antes no próprio WSJ, "O 5G da China voa sobre o 5G da América" (ilustração acima).
Segundo o caderno, a "China lidera" ou "mostra o caminho com redes 5G" que vão de minas de carvão, com perfuradoras operadas remotamente, a portos, com contêineres processados online, e principalmente "as chamadas smart factories".
Nas várias frentes, o esforço das empresas chinesas, com apoio do governo, é "automatizar os processos de trabalho intensivo ou perigoso", aumentando produtividade e baixando custo.
Quanto ao principal alvo de Donald Trump e Biden no que foi chamado de guerra comercial, o WSJ mostra "O boom de negócios de software da Huawei", em serviços como nuvem.
O que o jornal omite é que a pressão contra a empresa fracassou em alguns dos maiores emergentes, a começar da América Latina. Segundo o FT, o bilionário Carlos Slim anunciou que a cobertura 5G já chegou a 18 cidades do México e alcançará 120 até o fim do ano. Com Huawei.
No Brasil, segundo veículos do setor como Teletime, a Huawei e a operadora TIM celebraram Curitiba como a primeira escolhida para o projeto Cidade 5G, que vai estabelecer "cidades inteligentes" no país.
INTOLERÂNCIA
Embora ainda tenha algum espaço em veículos como Economist (ilustração acima), para expressar sua visão de que a guerra "é culpa do Ocidente", o cientista político John Mearsheimer, já sob ataque na imprensa, virou alvo de abaixo-assinado dos alunos na Universidade de Chicago, onde leciona.
Acusam-no de "disseminação do putinismo" e cobram da universidade "uma declaração de que não tolera ideologia anti-ucraniana no campus". Também "uma declaração clara" do próprio Mearsheimer "sobre sua posição em relação à agressão russa".
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